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Divórcio entre Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos e eleita municipal 
Marta Jorge

Divórcio entre Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos e eleita municipal 

Partido retirou confiança política a Marta Jorge por causa de um comentário no Facebook, mas a autarca da assembleia municipal afirma que também já não se revia nos ideais bloquistas e que preza muito a sua liberdade de opinião.

A Comissão Coordenadora Concelhia de Salvaterra de Magos do Bloco de Esquerda (BE) tirou a confiança política à eleita municipal Marta Jorge após várias divergências entre essa autarca da assembleia municipal e o partido. A advogada de Marinhais, que foi cabeça-de-lista do BE à Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, embora não fosse filiada no partido, admite que também já não se revia nos ideais bloquistas.
Luís Gomes, vereador na Câmara de Salvaterra de Magos e coordenador distrital do BE, disse à Lusa que Marta Jorge sempre agiu em conformidade com as posições do partido, com algumas excepções pontuais, tendo sido o teor de um ‘post’ sobre o discurso de André Ventura colocado na página de um amigo que esteve na origem do afastamento.
Marta Jorge nega ter tomado qualquer posição de apoio ao discurso de André Ventura na cerimónia do 25 de Abril numa página do Facebook de um militante do Chega, como alude o comunicado do BE. “Apenas coloquei um comentário básico em relação a uma declaração concreta e que tinha a ver com a corrupção” da classe política, disse, considerando que tem direito à opinião.
A O MIRANTE, a autarca diz que vai continuar na assembleia municipal, agora como independente, explica que quando foi convidada para fazer parte da lista do BE aceitou porque acreditava no projecto. Mas, segundo diz, muitas das posições que têm sido tomadas entretanto pelo partido estão a desviar-se desse projecto e a eleita não concorda com isso.
“Ainda na última assembleia municipal as propostas apresentadas pelo BE parecem completamente descabidas atendendo à falta de orçamento que existe”, confessa. Um exemplo, adianta, é o da comparticipação de medicamentos. “Temos de ajudar as pessoas em dificuldades, mas existem determinadas instituições que têm esse poder, como as IPSS. Não podemos é fazer propostas ilusórias”, diz Marta Jorge.
De acordo com a concelhia do Bloco de Esquerda, a eleita “manteve sempre total autonomia em relação ao Bloco de Esquerda”, mas nos últimos tempos “tem vindo a revelar publicamente, nomeadamente nas redes sociais, envolvimento e simpatia por posições políticas incompatíveis com os ideais do 25 de Abril e com o programa eleitoral do Bloco”. O partido afirma que Marta Jorge quebrou de forma grave a confiança e, por isso, decidiu afastá-la.

Divórcio entre Bloco de Esquerda de Salvaterra de Magos e eleita municipal 

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