Em Portugal há muitas coisas a nível cultural certificadas pela chancela da UNESCO, mas como as candidaturas são complicadas e exigentes, foi criada uma certificação mais ao nosso jeito, feita por uma entidade privada chamada 7 Maravilhas, com aprovação popular através de chamadas de valor acrescentado.
A empresa detentora dos direitos exclusivos das maravilhas de Portugal, que tanto certifica bolos, como monumentos, chouriços ou praias, desde que consiga lucro, descobriu um nicho de negócio que se adapta perfeitamente à nossa exigência cultural e à necessidade de protagonismo de muita gente.
Pessoalmente vejo com tristeza que certos municípios e as entidades com responsabilidades na área da cultura, preferem pagar espectáculos de puro entretenimento do que investir em cultura, mas isso sou eu. Qualquer populista sabe que para conquistar o povo não há nada melhor que pão e circo.
João Félix Santiago