Esclarecimento sobre a notícia “Como vai a saúde para além da pandemia”
Publicou o jornal O MIRANTE, no dia 23 de Abril, uma reportagem onde a signatária foi uma das partes envolvida. A conversa para a reportagem foi realizada no dia 6 de Abril, duas semanas antes da publicação do jornal.
A síntese que se impunha ao jornal, e o facto de a entrevista ter sido telefónica, originou uma leitura que não corresponde ao que, de verdade e em consciência, a signatária queria dizer, impondo-se, assim, o devido esclarecimento.
No texto da reportagem a signatária passa uma ideia que não era sua intenção afirmar, ou sugerir, o que se lamenta, e não põe em causa o profissionalismo e competência da jornalista de O MIRANTE.
O contexto e conjuntura à data da entrevista (17 dias antes da publicação) não pode, neste momento, ser visto como minimamente actual. No final do mês de Março, a realidade era que tanto as organizações de saúde públicas como as privadas não estavam preparadas para o embate que se avizinhava, pela forma abrupta e sem aviso com que a pandemia nos apanhou.
O que pretendi, naquela data, afirmar foi tão-só isto, que é dado objectivo e público: Qualquer hospital, independentemente da sua natureza, não estava, em meados de Março, e no imediato, preparado para as exigências que se impuseram.
Como médica dos Hospitais do grupo CUF, nomeadamente do Hospital CUF de Santarém, tenho podido testemunhar o grande esforço que tem sido feito em termos organizacionais e de aquisição de equipamento, de acordo com as melhores práticas e recomendações, o que tem permitido uma actividade clínica em crescendo que sendo ainda reduzida (por factores ligados, sobretudo, à necessidade de reorganização e também da procura), tem sido feita em total segurança.
Quando os dados estatísticos e de regulação da qualidade evidenciam a elevada qualidade dos cuidados de saúde privados, uma médica com histórico e experiência de clínica pública e privada, nunca poderia estar do lado dos críticos mas sim dos que apoiam o trabalho das instituições públicas e privadas.
Faço este esclarecimento também para que não fiquem ideias erradas nos utentes que leram o texto. Quer os hospitais de natureza privada, quer os de natureza pública, bem como todos os seus profissionais, sem excepção, têm sabido responder com rapidez e eficiência a uma situação de calamidade que ninguém previa, mas que, com esforço de todos, soubemos atacar.
Podem os cidadãos confiar plenamente em todos os prestadores de saúde, nomeadamente nos privados, que constituem hoje, grande reserva de oferta de qualidade, uma vez que, à margem do tratamento dos doentes com Covid-19, estão a adaptar as consultas e demais actos aos requisitos de segurança que permitirão que a breve prazo se restabeleçam totalmente todas as consultas, tratamentos e cirurgias, com a maior segurança possível.
Teresa Pinto Correia