Crematório de Almeirim começa a funcionar em Maio
Presidente da câmara sublinha a importância da abertura do equipamento o mais rápido possível tendo em conta a pandemia.
O crematório de Almeirim vai começar a funcionar até final de Maio, segundo garante o presidente da câmara, Pedro Ribeiro. A abertura do equipamento, o primeiro no distrito de Santarém, esteve prevista para Janeiro e tem estado condicionada pelas medidas de contenção da pandemia. Na primeira semana de Maio vão ser feitos os últimos ajustes, como as afinações técnicas do forno, que têm de ser feitas por pessoal especializado, estando a empresa que o forneceu a tratar de todos os procedimentos de segurança dos funcionários.
Pedro Ribeiro sublinha que há a necessidade de colocar este equipamento a funcionar o quanto antes, atendendo a que é preciso haver capacidade nesta área no distrito em virtude da pandemia. Isto porque, salienta, há uma recomendação para que as vítimas da Covid-19 sejam cremadas. O crematório mais próximo é o de é o de Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira, que nem sempre tem capacidade imediata para fazer as cremações. Depois de Almeirim ter avançado com a construção, num modelo totalmente público, também Santarém e Entroncamento avançaram com crematórios, mas com a concessão da exploração a privados.
O crematório municipal de Almeirim, situado no cemitério, vai ser gerido pela junta de freguesia da cidade e custou à câmara cerca de 450 mil euros. Há seis meses já tinha sido aprovado que uma cremação vai custar 230 euros com desconto de trinta euros para os residentes ou naturais de Almeirim. A cremação de ossadas tem um custo de 125 euros. O presidente da Junta de Freguesia de Almeirim, Joaquim Catalão, disse na altura que os valores são em média idênticos aos que se praticam noutras zonas do país.
O estudo de viabilidade económica e financeira, a que O MIRANTE teve acesso, refere que o equipamento tem capacidade para cinco cremações diárias. O forno terá uma vida útil de 20 a 25 anos e estima-se que nos dois primeiros anos faça 659 cremações, estimando-se que a maior parte das cremações sejam oriundas de Santarém, Caldas da Rainha e Torres Novas. Dos óbitos em Almeirim espera-se fazer cerca de 40 cremações.