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Em Fátima trabalha-se no Verão para se viver no Inverno
foto DR Para Clara Ferreira, Fátima está a perder a identidade aos poucos

Em Fátima trabalha-se no Verão para se viver no Inverno

Clara Ferreira é a proprietária da Casa Santa Clara, um negócio que envolve restauração, alojamento local e venda de artigos religiosos. Herdou-o dos pais quase sem ter opção de escolha porque o que queria mesmo era ser advogada. “Acredito que podia fazer a diferença e ajudar a tornar o mundo mais justo”, afirma.
Os investimentos que tem feito ao longo dos 25 anos que gere a empresa são a razão de ainda não ter arriscado dar outro rumo à vida. O negócio é muito inconstante, e o facto de existirem demasiadas lojas e venderem produtos que nada têm a ver com Fátima também não ajuda. “Fátima está a perder a identidade aos poucos”, afirma. A construção excessiva de novos hotéis também tem contribuído para a perda desta identidade uma vez que é o pequeno comércio quem sai mais prejudicado.
Em Fátima trabalha-se no Verão para se viver no Inverno. Com quatro colaboradores a quem vai ter de pagar ordenados, Clara Ferreira confessa que vive um momento de grande angústia e receio. “Estou sem saber para que lado vou tombar, mas vou tombar de certeza”, refere, embora ainda acredite que o negócio pode voltar a renascer se o vírus for sazonal e der tréguas.
O distanciamento social veio para ficar e vão ter de ser pensadas novas formas de estabelecer relação com os clientes”, diz Clara Ferreira. Para mostrar ao jornalista que sabe do que fala adianta que “a proximidade com o cliente é a alma do negócio, se não posso criar afectividade dificilmente vou conseguir fazer negócios”, esclarece mostrando desilusão.

Em Fátima trabalha-se no Verão para se viver no Inverno

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