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Movimento pela preservação da Anta do Vale da Laje extravasa fronteiras
O Grupo de Amigos da Anta do Vale da Laje tem lutado para que o monumento megalítico possa ser classificado como património

Movimento pela preservação da Anta do Vale da Laje extravasa fronteiras

Organização internacional de estudantes de História manifestou preocupação com o futuro desse património milenar. Em causa está a construção de um empreendimento turístico no concelho de Tomar, a menos de 20 metros do monumento megalítico que ainda não está classificado.

Um grupo de cerca de 1.300 estudantes, graduados, mestres, doutores, arqueólogos e professores de História de todo o mundo que pertencem à International History Students and Historians Group, com sede em Londres (Inglaterra), estão preocupados com a preservação da Anta do Vale da Laje, no concelho de Tomar. O grupo, presidido pelo português João Viegas, escreveu à Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) a mostrar disponibilidade para cooperar e ajudar a proteger esse monumento megalítico que tem mais de 7.000 anos mas ainda não está classificado como património.
Em causa está a construção de um empreendimento turístico a menos de 20 metros da anta. O presidente da União de Freguesias de Serra e Junceira, Américo Pereira, discorda da forma como a obra foi feita e critica a Câmara de Tomar por ter licenciado a obra sem salvaguardar a existência daquele património. Américo Pereira pretende, juntamente com o Grupo de Amigos da Anta do Vale da Laje, desenvolver esforços para que a anta possa ser classificada como património de interesse histórico. “Não estou contra o desenvolvimento turístico mas é preciso proteger a nossa história”, afirmou a O MIRANTE.
O assunto chegou à Assembleia da República com o Partido Ecologista Os Verdes a questionar o Governo sobre a construção de um empreendimento turístico no concelho de Tomar “a escassos metros de um importante monumento e necrópole megalítica”, assegurando o município que a obra tem sido fiscalizada e acompanhada.
Numa pergunta entregue no Parlamento, a deputada Mariana Silva, de Os Verdes, manifesta a preocupação “pelo risco de afectação” a que a Anta do Vale da Laje pode estar sujeita, tanto na fase de execução da obra, “com recurso a máquinas pesadas (retroescavadoras e martelos pneumáticos), pela trepidação que envolve, pela perturbação da paisagem envolvente ao monumento, mas também pelos actos de escavação e remoção de terras e inertes”.
A Câmara de Tomar afirma que o empreendimento foi licenciado nos termos da lei e foram seguidas as recomendações da DGPC para acautelar a salvaguarda do monumento. “A obra esteve inclusivamente parcialmente embargada”, afirma a presidente do município. Anabela Freitas acrescenta que tem sido efectuado o acompanhamento arqueológico nos termos da lei e realizadas fiscalizações regulares pelo município, assim como por parte de outras entidades.

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