O presidente da Câmara do Cartaxo lamenta que o município continuasse em situação de ruptura financeira em 2019, segundo dados do Conselho de Finanças Públicas (CFP), defendendo, no entanto, que a situação financeira e económica melhorou desde Outubro de 2013, quando tomou posse como presidente da autarquia pela primeira vez.
“A situação financeira e económica do município hoje é melhor do que aquela que encontrámos em Outubro de 2013 e é fruto de um grande esforço e espírito de sacrifício”, declarou Pedro Magalhães Ribeiro (PS), reagindo aos dados do relatório sobre a “Evolução Orçamental da Administração Local 2019”, divulgado pelo CFP, que indicam que o município continua em ruptura financeira, sendo um dos três do país nessa situação.
Eleito pelo PS, Pedro Ribeiro tomou posse como presidente da Câmara do Cartaxo em Outubro de 2013, sucedendo aos socialistas Paulo Caldas e Paulo Varanda, que lideraram o executivo no mandato 2009-2013. Quando tomou posse do executivo camarário, Pedro Ribeiro diz que se deparou “com uma situação de emergência, com salários em risco, com fornecimentos de serviços como a energia eléctrica em risco, com fornecedores com pagamentos em atraso há muitos anos”.
Pedro Ribeiro decidiu “esclarecer os munícipes, de forma transparente e clara”, sobre a evolução das contas municipais de acordo com os dados provisórios relativos à prestação de contas do ano de 2019, indicando que mostram melhorias “significativas”. Entre os dados destacados pelo município está o prazo médio de pagamentos, que diminuiu em oito dias, com a autarquia a demorar, no final de 2019, em média, 23 dias a pagar aos fornecedores. No final do ano de 2013, este indicador correspondia a 373 dias.
“O município do Cartaxo encerrou o ano de 2019 sem pagamentos em atraso”, avançou o executivo socialista, apontando que o valor deste indicador foi de 147.204 euros em 2018, chegando aos 21,9 milhões de euros entre Dezembro de 2013 e Dezembro de 2018. “O endividamento municipal reduziu 1.873.735 euros em 2019, sendo que o rácio de endividamento passou de 4,08 em 31 de Dezembro de 2018 para o valor de 3,85 em 2019”, avançou a Câmara do Cartaxo.
Quanto ao grau de execução da receita orçamental, o município indicou que foi de 88,27%, ou seja, um valor acima do imposto na Lei das Finanças Locais, de 85%, adiantando que o investimento aumentou 73,7% comparativamente ao período homólogo de 2018.