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Melhoria dos transportes em VFX vai ser em marcha lenta

Secretário da Área Metropolitana de Lisboa ouviu perguntas e queixas dos eleitos da assembleia municipal e admitiu que a recuperação gradual da oferta vai demorar. Utentes têm-se queixado da escassez de carreiras e da sobrelotação dos autocarros.

Vai haver uma recuperação lenta da capacidade de oferta dos operadores de transportes públicos no concelho de Vila Franca de Xira no período inicial de desconfinamento e por isso os utentes devem preparar-se para que os constrangimentos continuem nos tempos mais próximos. Esta foi uma das principais conclusões a retirar das explicações dadas através de videoconferência pelo secretário executivo da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Carlos Humberto, durante uma audição pelos eleitos da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira.
A AML, recorde-se, é a entidade que tutela os transportes públicos rodoviários na Área Metropolitana de Lisboa. Carlos Humberto foi ouvido dias depois de se repetirem queixas de utentes dos transportes, quer face à redução de carreiras quer à falta de cumprimento das indicações dadas pela Direcção Geral da Saúde no que ao distanciamento social diz respeito. O responsável lembrou que actualmente a situação requer “permanente adaptação” e admite que a situação se possa prolongar por mais meses. “Vai haver uma recuperação lenta das pessoas a aderirem ao transporte colectivo novamente e na capacidade de oferta”, considerou.
As receitas de bilheteira caíram 91 por cento desde o início da pandemia. “A AML manda nove milhões de euros para todos os operadores. O que estamos a exigir é que, no mínimo, as empresas façam a oferta para o valor que recebem”, disse o responsável, garantindo que diariamente estão a ser analisados os percursos e o cumprimento dos horários por parte dos operadores.
Os eleitos municipais não perderam a oportunidade de mandar recados ao responsável da AML para que esta entidade não adormeça na forma e dê resposta aos problemas que têm sido sentidos pelos passageiros daquele concelho ribatejano e que têm feito correr muita tinta. Mais carreiras, frotas renovadas e mais horários e queixas sobre o material circulante obsoleto e avariado e sobre as ligações rodoviárias desconexas foram objecto de intervenção das várias bancadas.
Queixas ajudaram a corrigir problemas
O presidente do município, Alberto Mesquita, lembrou o responsável da AML que o novo modelo dos transportes que operam naquele território, onde se inclui o passe Navegante, custaram o ano passado 1,9 milhões de euros aos cofres da Câmara de Vila Franca de Xira e irão custar, este ano, 2,4 milhões de euros. Mais 2,8 milhões terão de ser desembolsados em 2021. “Tem havido dificuldades muito acentuadas e foi preciso os municípios e a AML fazerem uma monitorização muito séria. Verificámos no terreno que muitas carreiras e horários não estavam a ser cumpridos. Muitas queixas aconteceram e isso permitiu corrigir alguns problemas”, notou.

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