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Corpo de emigrante em Angola está por trasladar há três meses
foto DR Manuel Sousa

Corpo de emigrante em Angola está por trasladar há três meses

Manuel Sousa, de Torres Novas, morreu a 26 de Fevereiro em Lubango. A família já conseguiu angariar o dinheiro suficiente para trazer os restos mortais para Portugal e fazer o funeral, mas a pandemia criou problemas inesperados no transporte aéreo.

Já passaram mais de três meses desde a morte de Manuel Sousa, em Angola, e a família do emigrante ainda não conseguiu a trasladação dos restos mortais para Portugal e fazer o funeral. O corpo de Manuel Sousa, natural de Torres Novas, está desde que morreu retido em Lubango, onde trabalhava há quase três anos.
A filha do falecido, Ana de Sousa Miguéns, conseguiu angariar cerca de cinco mil euros para fazer face aos gastos, graças a um apelo nas redes sociais, mas devido aos sucessivos cancelamentos de voos por causa da pandemia da Covid-19, o corpo do pai continua retido em Angola.
A O MIRANTE, Ana de Sousa Miguéns adianta que quando se começou a falar da pandemia tratou logo da burocracia para que o corpo fosse transferido para o nosso país. A trasladação chegou a estar prevista para 18 de Março, mas o voo Luanda-Lisboa foi cancelado e o corpo teve de voltar à morgue.
“A parte de lá já está paga. O que falta é o de cá. Tudo caiu em esquecimento com este vírus”, admitiu a familiar do emigrante. Segundo a filha de Manuel Sousa, neste momento os voos estão parados, mas em Junho alguns vão recomeçar.
Manuel Sousa, 68 anos, viúvo, era natural de Torres Novas e trabalhava no sector das pedreiras. Trabalhou durante vários anos como sócio-gerente de uma empresa do ramo em Minde, concelho de Alcanena. Em 2017 emigrou para Angola à procura de melhores condições de vida. Morreu quando estava internado no Hospital Central do Lubango após ter sofrido um AVC e um ataque cardíaco. O emigrante tinha entrado na unidade hospitalar uma semana antes com sintomas de pneumonia. Residia sozinho em Lubango e estava a tentar juntar dinheiro para regressar a Portugal.

Corpo de emigrante em Angola está por trasladar há três meses

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