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Tenho saudades de ir ver o meu Benfica

Tenho saudades de ir ver o meu Benfica

Luís Major tem 47 anos e é sócio-gerente da Magnisis, empresa do Cartaxo que trabalha com software e gestão. Na juventude ajudou o pai na área da contabilidade e foi barman durante cinco anos numa discoteca da sua cidade. Diz que o novo coronavírus é pior que um vírus informático e nunca pensou que tal pudesse acontecer e conseguisse deixar o mundo de pernas para o ar. Sente falta de assistir aos jogos de futebol do seu Benfica e sonha com uma viagem a Singapura depois de ter ficado fascinado com a dimensão de Nova Iorque e dos Estados Unidos da América.

Na juventude tive vários trabalhos e fui barman numa discoteca durante cinco anos. A discoteca era muito famosa no Cartaxo, nos anos 80 e 90 do século passado. Foram anos muito bons. Desde muito jovem comecei a ajudar o meu pai a fazer a contabilidade de várias empresas. Trabalhei num escritório de uma área de serviço da A1 (auto-estrada do Norte), onde geria stocks e tesouraria. Entretanto, fui convidado para gerir o escritório de uma grande empresa da área de extracção de areias.
A Magnisis é o resultado do meu interesse por informática e gestão e surgiu depois do meu irmão ter regressado dos Estados Unidos da América. Licenciei-me em Contabilidade e Gestão e tirei também o curso de Informática de Gestão. O meu irmão tirou um curso de Hardware e decidimos lançarmo-nos à aventura que, até agora, tem corrido muito bem. Em criança sonhava ser contabilista. A Magnisis trabalha com software e gestão mas o meu sonho acabou por se concretizar.
O novo coronavírus é pior que um vírus informático. O vírus informático, embora possa causar muitos estragos financeiros, tem sempre solução, nem que seja começar do zero. O coronavírus, como todos já vimos, além de ser um completo desastre económico mundial afecta a saúde de muita gente e o pior é que tem provocado muitas mortes, o que é sempre de lamentar.
Nunca pensei que um vírus conseguisse virar o mundo de pernas para o ar. Pensei muitas vezes que um vírus informático pudesse bloquear a Internet durante uma semana e seria o caos no mundo inteiro. Agora um vírus real, mortífero, nem nos meus piores sonhos pensei que pudesse acontecer.
O coronavírus pode aumentar as acções de solidariedade entre os homens. Não sei se a sociedade vai mudar para melhor ou pior depois desta pandemia, mas a vida será completamente diferente. Durante muito tempo vai haver desconfiança e medo devido ao contágio mas também vamos ver mais solidariedade entre as pessoas. A sociedade está a provar que se consegue ajustar a esta pandemia. Exemplo disso é a forma como a comunidade educativa teve de se ajustar ao ensino à distância, por exemplo.
As prioridades mudam na nossa vida quando temos filhos. Tenho dois filhos, com 21 e 16 anos. O casamento muda a nossa vida mas a chegada dos filhos altera tudo. A vida deixa de girar à nossa volta e a prioridade são os nossos filhos, que são o mais importante. A vida fica mais colorida com os filhos.
Sinto falta de assistir a jogos de futebol. É um momento de descompressão do stress do dia-a-dia. Sempre que posso gosto de ir ao Estádio da Luz ver o meu glorioso Benfica. Vou sempre acompanhado pela minha filha Inês, que ainda vibra mais do que eu.
A viagem que mais gozo me deu foi a Nova Iorque. Os Estados Unidos da América e a cidade de Nova Iorque deslumbram pela dimensão. É um mundo completamente diferente do nosso que vivemos num país tão pequenino. Singapura é a viagem de sonho que está nos meus planos, só ainda não sei quando. Nos tempos livres também aproveito para fazer caminhadas, ir ao cinema e ao teatro.
O mais importante para as colectividades é a autonomia financeira. Só assim as colectividades conseguem ter ‘saúde’ financeira. Estive durante seis anos na direcção do Ateneu Artístico Cartaxense, como vice-presidente, e actualmente desempenho o cargo de secretário. O objectivo da direcção sempre foi dotar o Ateneu de melhores equipamentos desportivos numa altura em que os apoios ao associativismo eram nulos por parte das entidades oficiais. Sem rigor orçamental é impossível a continuidade da actividade uma vez que esta é uma instituição centenária com mais de 600 crianças a frequentar diversas modalidades.

Tenho saudades de ir ver o meu Benfica

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