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Ruptura de conduta da EPAL inunda VFX e causa prejuízos avultados
Água causou grandes danos no espaço urbano

Ruptura de conduta da EPAL inunda VFX e causa prejuízos avultados

Zona da Quinta da Grinja foi a mais atingida pelo colapso de conduta da EPAL. Empresa assume os encargos mas os comerciantes e moradores afectados têm de avançar primeiro com as reparações.

Flávia Sousa e a sua família tiveram de ser realojados

Os moradores e comerciantes da Quinta da Grinja, em Vila Franca de Xira, garantem nunca ter visto nada assim. Em poucos minutos a força da enxurrada devido à ruptura de uma conduta de água da EPAL levantou asfalto, arrastou carros, destruiu muros e inundou habitações, mas quase uma semana depois os estragos ainda estão a ser contabilizados e vai demorar até que todos sejam ressarcidos pela seguradora accionada pela EPAL.
Por se tratar de um seguro de responsabilidade civil “demora sempre muito tempo até os lesados serem reembolsados pela seguradora”, uma vez que primeiro têm de apresentar as facturas das despesas de reparação, explica António Carvalho, comandante da Protecção Civil de Vila Franca de Xira. “Neste caso quem tem de andar rápido são os lesados. Têm de fazer o levantamento dos danos, pedir orçamentos, pagar e apresentar as facturas à seguradora”, acrescenta.
O caso mais grave que resultou deste incidente, ocorrido a 3 de Junho, foi o de uma tipografia, muito próxima do local do rebentamento da conduta. “Ficou completamente inundada e neste caso os valores do prejuízo vão ser muito avultados porque se perdeu muito equipamento e mobiliário”, afirma António Carvalho que acompanhou os peritos em todas visitas a estabelecimentos, viaturas e habitações. Pelo menos três automóveis ficaram danificados.
Na casa de Flávia Sousa a água chegou a atingir os 20 centímetros de altura e no momento de aflição valeu-lhe a ajuda dos vizinhos que a ajudaram a levantar os móveis. Mas isso, conta, não impediu que camas, cómodas e electrodomésticos se estragassem. A moradora, o seu companheiro e o filho bebé acabaram por ser os únicos a ser temporariamente realojados (dois dias) para manutenção e limpeza da habitação.
No prédio ao lado, administrado por Firmino Gil, o muro de um quintal ficou inclinado e em risco de ruir. “Havia água por todo o lado e a força era tal que deixou o muro neste estado. Não vai aguentar muito tempo”, diz. Segundo o comandante da protecção civil o quintal vai continuar interditado até que se façam obras de contenção do muro.
De acordo com Marcos Sá, director de comunicação da EPAL, a ruptura de uma das condutas do adutor de Telheiras deveu-se a uma “quebra de tensão na estação elevatória de Vila Franca de Xira”, que impediu a activação das válvulas de segurança. Os técnicos, sublinhou, foram “rápidos a agir”, no entanto não o suficiente para travar os milhares de metros cúbicos de água que chegaram a atingir a Estrada Nacional 1 e zona baixa da cidade. O trânsito em parte do troço da Rua António Sérgio, junto ao cruzamento com a estrada do Monte Gordo, continua interditado. A câmara já concluiu a consolidação do pavimento, mas falta colocar o novo tapete de asfalto. Também neste caso a autarquia teve de reparar primeiro para posteriormente ser ressarcida pela EPAL.

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