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Aumento de despesas com pessoal preocupa executivo da Câmara de Tomar
Executivo da Câmara de Tomar está preocupado com o aumento das despesas com os trabalhadores do município

Aumento de despesas com pessoal preocupa executivo da Câmara de Tomar

Relatório de gestão e prestação de contas do município de Tomar referente ao ano de 2019 apresentou um saldo positivo em cerca de um milhão de euros. No entanto, as despesas com os recursos humanos aumentaram cerca de seis por cento e prevê-se que este ano os números voltem a crescer.

O executivo da Câmara de Tomar está preocupado com o aumento das despesas com os trabalhadores municipais. Em 2019 o município gastou cerca de 50% do seu orçamento em recursos humanos, mais seis por cento em relação ao ano anterior. Anabela Freitas, presidente da autarquia, diz que este “é um peso demasiado elevado para a capacidade financeira do município”.
Segundo o executivo, uma das razões para as despesas terem aumentado desta forma prende-se com o facto de grande parte dos trabalhadores já terem uma idade avançada, e por isso os custos com a ADSE têm sido mais elevados do que se previa. Para fazer face a esta situação, e diminuir as despesas com o pessoal, o município está a pensar adoptar um plano de reformas antecipadas uma vez que “está fora de questão despedir pessoas”, afirma Anabela Freitas. A autarca sublinha ainda que “para se poder fazer investimento em obras temos que libertar verbas de algum lado e os recursos humanos, infelizmente, são uma das opções”.
O assunto foi debatido na última sessão de câmara, a 8 de Junho, quando se discutia o ponto relativo ao relatório de gestão e prestação de contas do município referente ao ano de 2019. Apesar do saldo ter sido positivo em cerca de um milhão de euros, um acréscimo de três por cento em relação a 2018, os vereadores do PSD na oposição votaram contra porque “não se revêem nesta gestão e porque em seis anos de mandato socialista o resultado é fraco”, afirmou Célia Bonet.
Anabela Freitas referiu ainda que o município vive numa situação estável mas que precisa de ser constantemente acompanhada. O relatório apresenta também como valores a destacar o facto da autarquia ter reduzido cerca de 10% o valor da dívida e de, neste momento, estar com uma capacidade de endividamento de 19,5 milhões de euros, sendo que somente cerca de sete milhões podem ser utilizados para investimento.

O Flecheiro é de outro mundo
Outro dos temas em destaque na reunião camarária foi em relação à aposta do município na inclusão social. Segundo o executivo, este é o principal objectivo do seu mandato, acima do desenvolvimento urbano ou económico. Por isso, um dos problemas bicudos que têm para resolver é o do bairro do Flecheiro, situado numa das principais entradas da cidade. “Aquilo que vemos no Flecheiro é de terceiro mundo. Nenhuma cidade se pode considerar cidade enquanto tiver pessoas a viver em barracas”, afirmou Anabela Freitas.
O bairro do Flecheiro é um problema com mais de 40 anos. Famílias de etnia cigana foram ocupando aquele espaço e ao longo de décadas os vários executivos que passaram pela câmara nunca conseguiram retirar de lá as famílias. Neste momento vivem no Flecheiro cerca de 80 pessoas e a intenção é retirá-las de lá em breve e colocá-las a viver em habitações sociais.

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