A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) enviou um protesto à Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e à administração dos CTT a demonstrar o seu descontentamento e preocupação com o serviço que os Correios prestam em todos os municípios do Médio Tejo.
“Num espaço de 15 dias os serviços dos CTT não estão a ser devidamente assegurados, estando vários sectores afectados, não só através da rede de distribuição postal (carteiros), como também na rede de atendimento (lojas) provocando atrasos diversos na entrega de correspondência nos vários concelhos da nossa região”, diz a CIMT após uma reunião do Conselho Intermunicipal realizada a 9 de Junho.
Os autarcas do Médio Tejo dizem ser lamentável essa situação numa altura em que o país se encontra fortemente debilitado devido à pandeia de Covid-19. “As empresas estão a passar por inúmeras dificuldades, muitas delas já em situação de lay-off, e vêem-se condicionadas nas entregas e recebimentos de encomendas junto dos serviços dos CTT”, sublinham.
Na última reunião de câmara de Abrantes, o vereador do Bloco de Esquerda, Armindo Silveira, também criticou os atrasos dos CTT na entrega de correspondência no concelho nos últimos tempos, tendo o presidente do município referido que o problema não acontece só em Abrantes e que o descontentamento com a prestação de serviços dos Correios é generalizado em todo o Médio Tejo.
Armindo Silveira criticou os sucessivos atrasos nas entregas de correspondência que acontecem um pouco por todo o país. “Há pessoas que recebem as cartas com contas para pagar já depois de ter sido ultrapassado o prazo de pagamento. Todos sabemos que a gestão privada dos CTT se tem pautado por inúmeros erros, falhas graves no cumprimento dos indicadores de serviço postal e desrespeito pelos direitos laborais, revelando-se altamente lesiva para o erário público, mas também para clientes e trabalhadores”, lamentou o vereador do BE.
As reclamações relativamente ao trabalho dos Correios têm vindo a acentuar-se nos últimos, tempos com críticas de várias forças políticas e de autarcas da região, como os de Almeirim e Vila Franca de Xira.