Em Vialonga a Covid-19 entrou na plataforma logística da empresa Dia Portugal Supermercados, que tem a marca Minipreço, mas não se sabe ao certo a extensão do contágio. Há quem fale que há camionistas, que carregam e descarregam produtos no local, que também já contraíram a doença. Apesar de terem sido reforçadas as medidas de segurança no armazém os trabalhadores estão preocupados. O CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços diz que o número de infectados ronda as duas dezenas.
O primeiro caso suspeita-se que tenha surgido na semana passada na secção de refrigeração. Francisco Duarte, dirigente do sindicato, que está a acompanhar esta situação, refere que foi feita uma reunião com a empresa e foi acertado desenvolver várias medidas de contenção da propagação do vírus, mas não foi decidido fazer testes a todos os trabalhadores. Daniel Gonçalves, 37 anos, que trabalha há 18 anos na empresa, confessa que está receoso sobre o que poderá vir a acontecer, recordando o caso da Plataforma Logística da Azambuja. O residente em Forte da Casa diz que a maior preocupação neste momento é o filho menor e os pais e, por isso, em casa tem tido cuidados redobrados.
Cleuza Santos, 37 anos, trabalha na secção das limpezas do armazém. Actualmente a residir com uma colega, admite estar com medo, mas também acredita que o controlo do vírus é uma situação que não depende apenas da empresa. A trabalhadora garante que tem havido mais atenção por parte dos funcionários em cumprir o distanciamento social, na desinfecção das mãos e no uso da máscara. Segundo funcionários que falaram com O MIRANTE, a empresa mal teve conhecimento do primeiro caso positivo informou todos os trabalhadores e mandou fazer testes a quem esteve em contacto com os infectados. Actualmente é medida a temperatura aos funcionários que entram ao serviço e o espaço de refeição foi interdito aos camionistas.
Francisco Duarte refere que está prevista a realização de um plenário com os trabalhadores no dia 24 para se fazer um balanço da situação. O MIRANTE contactou a empresa por e-mail mas até ao fecho desta edição não obteve resposta.