Há mais de duas décadas e meia que moradores da urbanização da Rua 9 de Agosto em Alverca lamentam a falta de investimento na requalificação dos espaços públicos daquela zona da cidade. Nem um abaixo-assinado realizado o ano passado e dirigido à junta de freguesia pareceu surtir efeitos práticos.
Na última assembleia de freguesia, Luís Bernardo, um morador do bairro, foi novamente questionar o executivo de Carlos Gonçalves sobre o estado de degradação da zona e exigir melhorias. “São recorrentes as queixas de falta de investimentos em infra-estruturas que permitam maior qualidade de vida à população, nem que seja a plantação de algumas árvores e meia dúzia de bancos”, apelou.
Um dos maiores problemas é o matagal que se acumula em algumas parcelas de terreno e que atrai bicharada, representando ainda riscos elevados de incêndio quando chega o tempo quente. “As pessoas queixam-se há 25 anos e o resultado é zero”, lamenta o morador.
Recentemente alguém se lembrou de limpar a encosta sul daquela urbanização com um tractor mas devido ao desnível acentuado os trabalhos tiveram de parar. “Para quando a limpeza periódica das áreas envolventes e a plantação de algumas árvores?”, questionou Luís Bernardo. Vivem no local 250 famílias.
O presidente da junta, Carlos Gonçalves, admite que aquela zona da cidade é uma preocupação do executivo mas que pouco está ao seu alcance para o melhorar. “Houve moradores que fizeram um abaixo-assinado que endereçámos à câmara municipal e a resposta foi dada com um projecto de intervenção para essa área. Mas esse projecto não tem orçamentação este ano e provavelmente não terá a sua execução em 2020”, explicou o autarca.
Da parte da junta, garantiu, não deixarão de ser dados passos visando pressionar a câmara para concretizar algumas das intervenções solicitadas. “No que diz respeito ao matagal a lei diz que são os proprietários que devem limpar e os terrenos onde existem esses problemas não são propriedade da junta”, explica. Por esse motivo, a autarquia já solicitou a identificação e notificação dos proprietários para efectuarem a limpeza dos terrenos. “Continuamos atentos”, conclui Carlos Gonçalves.