uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Rotura de conduta de água em VFX deixa dúvidas  e apreensão para o futuro
Quem vive na zona ainda não esqueceu a imagem impressionante de milhões de litros de água a invadir a cidade

Rotura de conduta de água em VFX deixa dúvidas  e apreensão para o futuro

Cidade ribatejana é atravessada por três adutores semelhantes ao que rebentou há duas semanas. Há quem tema que situação semelhante volte a acontecer. EPAL clarifica como os lesados podem ter acesso a apoios financeiros para cobrir os prejuízos.


Os moradores afectados com prejuízos decorrentes da rotura de um adutor da EPAL, que causou uma inundação repentina em Vila Franca de Xira no dia 3 de Junho, não terão de pagar primeiro as reparações para serem ressarcidos dos prejuízos. A clarificação foi deixada esta semana pela empresa a O MIRANTE depois de vários lesados terem afirmado que não percebiam como deviam proceder para fazer valer os seus direitos.
A EPAL explica que aos lesados basta apresentar à empresa o orçamento dos danos para serem validados pelo perito e serem indemnizados pela seguradora. “Após receber a indemnização da seguradora os lesados poderão fazer a reparação dos danos, o que garantirá a resolução de todas as situações”, explica a empresa. A EPAL assegura que nunca informou os moradores de que teriam de pagar os danos primeiro para depois serem ressarcidos. Embora essa seja uma ideia que ainda circula no bairro.

“Uma conduta daquelas não rebenta assim”
Além da conduta que rebentou – o adutor de Telheiras – passam em Vila Franca de Xira outros três adutores de grandes dimensões: Circunvalação, Tejo e Alviela. Muita gente diz não compreender como é que uma conduta revestida de betão e aço rebenta assim. As primeiras explicações apontavam para uma falha eléctrica nas bombas de segurança que terá aumentado a pressão de água na conduta, que cedeu naquele local. A câmara municipal tem dúvidas e prefere aguardar por uma explicação concreta. “Não sei se foi falta de manutenção na conduta mas já pedimos informação. Foi uma coisa grave porque uma conduta daquelas não rebenta assim”, nota o presidente do município, Alberto Mesquita.
O autarca confirma que nas primeiras horas foi a todas as casas afectadas e deixa um aviso aos lesados: “Mesmo em situação de dúvida as pessoas devem substituir o que há a substituir”. Acrescenta que apesar da EPAL rapidamente ter interrompido o abastecimento isso não evitou estragos bastante avultados, quer em habitações quer em ruas e calçadas. António Oliveira, presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, explica que a fiscalização municipal já fez um levantamento dos estragos na via pública.
Não fosse a rápida actuação dos trabalhadores municipais e dos SMAS, bem como dos bombeiros da cidade, as consequências da rotura que se verificou a 3 de Junho teriam sido ainda piores. O acontecimento ainda não saiu da cabeça de muita gente e especialmente de quem vive perto do local onde tudo aconteceu, na Quinta da Grinja.
“Ainda tenho dias de pensar no que teria acontecido se isto tivesse sido de noite. Foi muito complicado, vi a minha vizinha quase ser arrastada a chegar a casa, o que lhe valeu foi deixar o saco das compras ir rua abaixo”, recorda a O MIRANTE Eliseu Pina, morador na zona. Foi um dos primeiros a filmar, da sua varanda, a corrente de água que inundou casas e negócios, arrastou carros e danificou património público e privado na última semana.

Rotura de conduta de água em VFX deixa dúvidas  e apreensão para o futuro

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido