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Exposição evocativa de Bernardo Santareno no Museu do Aljube em Lisboa

Em 2020 comemoram-se cem anos do nascimento do escritor natural de Santarém.


Bernardo Santareno é considerado um dos maiores dramaturgos portugueses. A pandemia prejudicou a comemoração do centenário do seu nascimento. Aguarda-se a republicação da maioria dos seus livros.

O Museu do Aljube Resistência e Liberdade apresenta uma mostra biobibliográfica dedicada ao escritor Bernardo Santareno, que vai estar patente de 18 de Junho a 2 de Agosto, no ano em que se assinala o centenário do dramaturgo.
A exposição do Museu do Aljube, integrada no ciclo “Intelectuais e Artistas da Resistência”, também pode ser vista ‘online’, através das páginas da instituição no Facebook e no Youtube, anunciou o museu, em comunicado, que se associa, assim, às comemorações do centenário do nascimento de Bernardo Santareno, nascido a 19 de Novembro de 1920 em Santarém.
“Português, escritor, resistente. 100 anos” é o nome da mostra que reúne “alguns dos momentos mais importantes da vida e obra de um dos maiores dramaturgos portugueses, em constante desafio ao Estado Novo, à censura, à moralidade e ordem instaladas”, acrescenta a apresentação da exposição, numa referência ao peso da ditadura na sociedade portuguesa.
As comemorações do centenário de Bernardo Santareno começaram no dia 18 de Janeiro, em Lisboa, com um colóquio na Fundação Calouste Gulbenkian, subordinado ao tema “É no Homem, nas suas urgentes e sangrentas ansiedades, que está a raiz da actual criação dramática”. Ao longo do ano são várias as iniciativas previstas para celebrar os cem anos daquele que é tido como um dos maiores dramaturgos portugueses do século XX. Outras actividades estão programadas sendo um dos pontos altos a estreia prevista da peça “O Pecado de João Agonia”, com encenação de Fernanda Lapa, no Teatro da Trindade, a 19 de Novembro, dia em que passam cem anos sobre o nascimento do dramaturgo.
Nascido António Martinho do Rosário, em Santarém, formou-se em Medicina e especializou-se em psiquiatria, mas foi com o pseudónimo literário Bernardo Santareno que se tornou conhecido fora dos consultórios onde trabalhou. Morreu a 29 de Agosto de 1980, com 59 anos.
“A Promessa”, adaptada ao cinema por António de Macedo (longa-metragem seleccionada para o Festival de Cannes), “O Lugre”, “O Crime da Aldeia Velha”, “António Marinheiro ou o Édipo de Alfama”, “O Pecado de João Agonia”, “O Judeu”, “A Traição do Padre Martinho” e “Português, Escritor, 45 Anos de Idade” são algumas das peças de Bernardo Santareno que se destacaram nos palcos.

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