Autarcas querem reunião urgente com ministro sobre Ponte D. Amélia
Presidentes dos municípios do Cartaxo e de Salvaterra de Magos querem que seja o Governo a custear as obras necessárias nessa travessia sobre o Tejo. Reunião marcada para Abril com o ministro das Infraestruturas foi adiada devido à pandemia.
Os presidentes dos municípios do Cartaxo e de Salvaterra de Magos aguardam uma reunião urgente com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, para falar sobre as obras de requalificação da Ponte Rainha Dona Amélia que liga os dois concelhos.
Segundo disse em reunião do executivo o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro (PS), já esteve marcada para Abril uma reunião com o governante mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19. O objectivo do autarca do Cartaxo e do seu colega de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, é debater a transferência de responsabilidades sobre a manutenção da Ponte Rainha Dona Amélia para a administração central, já que os municípios não têm meios financeiros para suportar as necessárias obras com um valor estimado em cerca de quatro milhões e meio de euros.
Em Janeiro deste ano a Ponte Rainha Dona Amélia foi alvo de um levantamento batimétrico e de uma inspecção sub-aquática aos pilares pela empresa XaviSub. Entre as várias anomalias apontadas, enumera-se que os pilares apresentam blocos de pedra de fundação sem protecção do material de enchimento. Isto significa que estão expostos à acção da água onde não estava prevista a sua acção estando os pilares sujeitos a rotura fácil.
O mesmo documento identifica ainda que as juntas entre os blocos de pedra encontram-se desguarnecidas e que o encamisamento metálico (armadura em betão) de protecção dos pilares não cumpre os requisitos mínimos para desempenhar a função para o qual foi concebido.
Pedro Magalhães Ribeiro vai levar também à reunião o problema do viaduto de Santana, que considera ser outro caso urgente, já que também está degradado. “Sabemos que as obras no viaduto de Santana só estão previstas para 2022 por isso vamos pedir mais celeridade na intervenção”, afirmava.