Ourém apresenta contas com duras críticas da oposição
Executivo camarário aprovou na última sessão o Relatório de Gestão e Prestação de Contas do município referente a 2019. A dívida de 7,5 milhões de euros, o valor mais baixo desde 2002, não chegou para convencer a oposição PS, que fez duras críticas aos primeiros dois anos de mandato do executivo do PSD.
A Câmara de Ourém aprovou, em sessão camarária, o Relatório de Gestão e Prestação de Contas do município referente a 2019, com uma dívida total de 7,5 milhões de euros, o “valor mais baixo desde 2002”, disse o presidente Câmara de Ourém. Luís Albuquerque (coligação Ourém Sempre PSD/CDS-PP), adiantou que o exercício de 2019 teve uma dívida de 7,5 milhões de euros, uma redução de 1,4 milhões de euros face a 2018. “É um valor histórico e o mais baixo desde 2002”, sublinhou.
O autarca referiu ainda que, “pelo segundo ano consecutivo, o município teve resultados positivos”, com um saldo de 390 mil euros. Em 2018 o saldo tinha sido de 780 mil euros. Em Dezembro de 2019 a Câmara de Ourém tinha disponível 9,5 milhões de euros. “Poderia pagar tudo e ainda sobrava dinheiro”, referiu Luís Albuquerque. O presidente revelou ainda que a autarquia tem um resultado corrente positivo de 9,7 milhões de euros e 11,3 milhões positivos em relação ao orçamento corrente.
PS critica falta de ideias
Os vereadores do PS na oposição ao executivo não pouparam nas críticas ao trabalho realizado nos primeiros dois anos de mandato de Luís Albuquerque. Em declarações enviadas aos jornalistas, o PS de Ourém afirma que esperava que Albuquerque abordasse no seu discurso o que pretende em relação aos objectivos e ao futuro do município e dos seus habitantes.
Numa altura em que se espera um impacto brutal nas despesas e receitas do município provocadas pela pandemia da Covid-19 a oposição, liderada pela vereadora Cília Seixo, refere que o executivo não tem “ideias nem visão estratégica para o desenvolvimento do concelho e que não sabe aplicar adequadamente os dinheiros públicos”.
Para os autarcas socialistas o município encontra-se, neste momento, numa fase em que o passivo não constitui nenhum constrangimento devendo assim “privilegiar-se a implementação de estratégias que vão ao encontro das necessidades dos munícipes e que reforcem os elementos de atractividade do concelho de Ourém”, afirmam.