Demasiadas árvores abatidas em pouco tempo na Póvoa de Santa Iria
As desastrosas obras realizadas na Estrada Nacional 10, que atravessa a cidade da Póvoa de Santa Iria, em especial o troço que se situa entre a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, as bombas da Galp e o café Cabana, incrementaram, e muito, os acidentes.
E a juntar a isso há a atrocidade com que foram arrasadas árvores, já com pelo menos 20 anos (para não dizer mais), para construir ciclovias que não servem os ciclistas, pois estes continuam a circular na via. Os semáforos não funcionam e quotidianamente os transeuntes correm perigo.
Eu própria já fui vítima de um atropelamento na passadeira de peões. Uma viatura cedeu-me passagem mas outra, que circulava em sentido contrário, não me viu no meio da estrada e passou com uma roda por cima do meu pé esquerdo.
Simultaneamente, iniciou-se outra intervenção no suposto “cemitério de vivendas”, casas que pertenciam à antiga Soda Póvoa, posteriormente Solvay. Também aí as árvores foram abatidas sem dó nem piedade. Havia um pequeno núcleo de coelhos, pintassilgos, melros, rolas e outras espécies, nada disso interessou.
Agora, na zona da Quinta da Piedade, junto às piscinas municipais, preparam-se para fazer desaparecer um espaço ajardinado em que as crianças costumam brincar, as famílias aproveitam para fazer piqueniques e passear. Mas o que importa isso se é preciso mais um parque de estacionamento. Qual é o legado destes anos que o município de Vila Franca de Xira deixa para os habitantes da cidade da Póvoa de Santa Iria?
Anabela do Rosário Nunes