Santarém já merece o título de cidade das obras enguiçadas
Antigamente na Volta a Portugal em bicicleta costumava haver o chamado Prémio do Azar, geralmente atribuído ao ciclista mais maltratado pela sorte em cada etapa. Se houvesse uma competição entre câmaras no que toca a obras municipais, a Câmara de Santarém merecia amplamente o troféu pela quantidade de empreitadas enguiçadas e que enfrentam os mais diversos obstáculos.
Cingindo-me àquelas que têm sido objecto de notícia com alguma regularidade na comunicação social local e regional, recordo-me das obras nas encostas da cidade que continuam a derrapar no prazo e no orçamento; das obras do mercado municipal que estão paradas devido a problemas com o projecto; das obras da Igreja do Alporão que ainda não começaram devido a reclamações de uma empresa; e ainda das obras junto ao convento de Almoster, paradas há muito tempo devido à incapacidade do empreiteiro em executá-las.
São muitas intervenções encalacradas e cuja morosidade representa custos acrescidos para o município, logo para o erário público. Por isso, sugeria que a Câmara de Santarém acendesse uma velinha a Nossa Senhora sempre que lançasse uma empreitada. Pode ser que com a ajuda divina as coisas melhorem…
Victor Manuel