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APA suspende trabalhos em terrenos alagadiços perto de Santarém
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves fez denúncia à GNR das movimentações de terras em zona ambientalmente sensível no concelho de Santarém

APA suspende trabalhos em terrenos alagadiços perto de Santarém

Movimentações de terras em zona ambientalmente sensível levanta dúvidas e protestos. Proprietário foi notificado depois de haver uma denúncia por parte da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) suspendeu os trabalhos de movimentação de terras que estavam a ser executados num terreno alagadiço, com cerca de 35 hectares, numa zona onde existem valas e ribeiras, perto de Casal do Paúl, concelho de Santarém. O proprietário do terreno foi notificado pela APA e estão a ser efectuadas mais averiguações para perceber se foram violadas as leis que regulamentam e protegem o domínio hídrico.
A denúncia foi feita à Guarda Nacional Republicana de Santarém pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, no dia 8 de Junho, tendo sido encaminhada para a APA. Em causa está o abate de árvores bem como movimentações de terras numa zona alagadiça, perto de linhas de água e do rio Maior e ribeira de Almoster.
O director executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Domingos Leitão, autor da denúncia, diz a O MIRANTE que podem estar a ser violadas leis que protegem o património natural. Domingos Leitão é natural de Santarém e diz ter ficado “chocado” com o que classifica como um “atentado ambiental”. “Era o único local no concelho de Santarém onde se observavam flamingos e neste momento tudo foi destruído”, refere.
Segundo Domingos Leitão, existem duas ilegalidades: a destruição das ribeiras e a violação das leis que protegem o património natural, com a destruição da fauna e flora que ali existiam e agora desapareceram.
No terreno estão colocados plásticos, o que indicia que o campo será utilizado para algum tipo de agricultura intensiva, designadamente arroz. “Não entendo como acontece tamanha destruição num local que deveria estar protegido. Trata-se de um terreno húmido importante para o concelho. O local não tem dimensão para ser uma reserva nacional, mas merecia esse tratamento. Tinha cerca de 70 espécies de aves e linhas de água bem preservadas. Agora foi transformado num deserto”, diz Domingos Leitão.
Segundo apurámos, a intervenção é da responsabilidade de um empresário agrícola da zona de Salvaterra de Magos cuja identidade O MIRANTE não conseguiu apurar no sentido de obter a sua posição. O MIRANTE contactou a APA para tentar obter mais esclarecimentos, mas até ao momento não obtivemos qualquer resposta.

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