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Racismo templário, cabras sapadoras e a RTP Memória de Torres Novas

Protervo Serafim das Neves
A ministra da Agricultura disse há dias que anda a tentar passar a responsabilidade dos animais de estimação para o Ministério do Ambiente e isso provocou muitos protestos e alergias. Fiquei espantado porque me pareceu uma decisão sábia e justa. Provavelmente a melhor decisão que tomou desde que é ministra. Se queres que te diga, não sei porque é que ela não avançou com aquilo há mais tempo.
Lulus, bolinhas, chicos, flocos, fofos, snows, foquinhas, etc,etc, há muito tempo que deveriam estar fora da tutela do Ministério da Agricultura. E, se calhar, nem no Ministério do Ambiente deveriam estar. Como são animais de companhia deveriam estar no Ministério dos Assuntos Sociais ou coisa que o valha. Na Agricultura só devem ficar cães daqueles que guardam quintas e rebanhos e têm nomes como Tejo, Mondego, Matateu, Imperador, Urso ou Pantera.
Já agora, aqueles cães que usam nomes como Igor, Hitler, Psycho e que, para além de só comerem, costumam atacar os próprios donos e estraçalhar incautos cidadãos, seria melhor passá-los para a tutela da Administração Interna. Fica a sugestão.
Vai por aí uma tresloucura por causa do racismo que até Deus Nosso Senhor se admira, como diria a minha avó. Uma eleita do Bloco de Esquerda, chamada Maria da Luz Lopes, disse numa reunião da assembleia municipal que Tomar era a cidade mais racista que conhecia. Vai daí os do PSD saltaram logo com uma moção cujo título era “Tomar não é racista”, só para armar zaragata.
Maria da Luz Lopes ainda deve estar a viver nos tempos em que os Templários andavam a desancar árabes e a chamar-lhes cães malditos e outros mimos. Atitudes racistas intoleráveis que mancham, até hoje, o nome de Tomar. Não me admirava se um dia destes ela apresentasse uma moção a exigir que a câmara peça desculpa aos marroquinos e mande deitar abaixo a estátua do Gualdim Pais.
Quanto aos eleitos do PSD talvez se tenham precipitado a glosar o slogan “Portugal não é racista” do Chega, entusiasmados com a possibilidade de se unirem àquele partido para derrotar as esquerdas.
Enfim, é Agosto, estamos na época tradicional dos disparates que agora, sorte a nossa, transborda para os restantes meses do ano. Além disso, os períodos antes da Ordem do Dia das assembleias municipais sempre foram ocupados com divagações, exaltações, sonantes declarações e estapafúrdias e estrambólicas moções.
Anda muita gente exaltada porque o primeiro-ministro deixou de ir ao Parlamento de quinze em quinze dias e até há quem diga que é o fim da democracia. Exageros, já se vê. Os presidentes de câmara também só vão aos parlamentos municipais de três em três meses e, no entanto, não há lugar do mundo onde haja mais democracia e liberdade do que nas assembleias municipais. É verdade ou não é?
Em Torres Novas, o estapafúrdio, ex-presidente da câmara, António Rodrigues, tem-se entretido a encher a sua página de Facebook com resmas de fotos do tempo em que era novo e ainda tinha o bigode preto. A coisa é de tal dimensão que um dia destes ainda o convidam para substituir o Júlio Isidro na RTP Memória.
Fiquei a saber que já não há cabras sapadoras na Serra d’Aire e que ninguém sabe para onde foram. Pelos vistos os rebanhos desapareceram quando passaram a pertencer às juntas de freguesia. É por estas e por outras que desconfio sempre das transferências de competências sem a correspondente transferência de meios. Que eu saiba, neste caso, não houve entrega às Juntas de Pedrógão e Fátima, de umas boas carradas de erva para encher as manjedouras.
Saudações tasquinhadoras
Manuel Serra d’Aire.

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