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Tiago Rodrigues está no Rio Ave e sonha ser jogador profissional
O MIRANTE falou com Tiago no ringue junto à Escola Básica de Alcanhões

Tiago Rodrigues está no Rio Ave e sonha ser jogador profissional

Tiago Rodrigues, natural de Alcanhões, Santarém, sonha ser jogador de futebol profissional. Depois de dez anos a jogar com o emblema da Académica de Santarém ao peito rumou ao norte do país para representar o Rio Ave Futebol Clube. Numa conversa com O MIRANTE diz que o grau de exigência e as expectativas agora são maiores e que sabe que os resultados vão aparecer se tiver humildade para saber ouvir e aprender com os seus erros.
Tiago Rodrigues, 16 anos, quer jogar na primeira liga de futebol profissional. O jovem natural de Alcanhões, Santarém, garante a O MIRANTE que vai dar o seu melhor para conseguir alcançar esse objectivo. Tiago Rodrigues representa os juniores do Rio Ave Futebol Clube desde a temporada passada. O primeiro ano serviu como adaptação a uma realidade completamente diferente da que estava habituado. Depois de uma dezena de anos a jogar com o emblema da Académica de Santarém ao peito, onde, diz, foi muito feliz, foi convidado para fazer um treino no clube vilacondense e não demorou muito a convencer os seus dirigentes. No regresso a Alcanhões, os pais, Pedro e Márcia Rodrigues, disseram-lhe que tinha ficado. “Os meus pais disseram-me para pensar bem no assunto mas respondi logo que queria agarrar a oportunidade”, afirma. Os progenitores não colocaram entraves e hoje são os seus maiores fãs. “Todas as semanas fazem 500 quilómetros para me ir ver jogar”, conta, com orgulho.
A conversa com Tiago Rodrigues decorreu junto à Escola Básica de Alcanhões, local onde começou a dar os primeiros toques na bola. Ao lado está um ringue com o piso em cimento onde, todos os dias, os amigos se juntavam para jogar futebol até os pais, zangados, os chamarem para jantar.
Tiago Rodrigues vive agora numa colónia de férias, em Vila do Conde, com mais alguns elementos da equipa do Rio Ave. A adaptação inicial não foi fácil, mas hoje já se sente como peixe na água. O dia é dividido entre as aulas e o estudo em casa, e as duas horas de treino ao final da tarde, cinco dias por semana. “A exigência é muito maior. Os jogadores são mais poderosos fisicamente e isso obriga-me a ter de trabalhar mais”, admite. O jovem atleta nunca teve problemas com treinadores porque um dos segredos para atingir o patamar seguinte é saber ouvir e aprender com os erros. “Assumir as culpas quando erramos é fundamental para a evolução de um atleta que sonha ser profissional”.
Os tempos na Académica de Santarém, apesar de recentes, são recordados com nostalgia. Tiago conquistou quase todos os títulos distritais que havia para conquistar, duas Santarém Cup, e ficou em 5º lugar no campeonato nacional a jogar contra equipas como o Sporting, Benfica ou Porto. No entanto, foram as amizades que fez durante esse período que mais o marcaram. “O Rafael Alcobia ou o João Rato, por exemplo, são amigos para a vida. Já lá foram acima ter comigo e sempre que venho a Santarém estou com eles”, diz, com satisfação.
Dentro das quatro linhas, Tiago Rodrigues, considera-se um jogador polivalente. Tanto joga como avançado, médio, ou extremo. O seu ídolo no futebol é o internacional brasileiro Neymar, mas ao contrário do craque, Tiago gosta de ajudar a equipa quando é preciso defender. Assume que gosta mais de assistir os colegas para golo do que ser ele a fazê-lo. “No futebol e na vida gosto de ser amigo do meu amigo e procuro sempre colocar de parte o egoísmo”, refere.
O jogo que mais gosta de recordar foi na Escola Superior Agrária de Santarém contra o Benfica. Com o estádio cheio, Tiago fez o golo que garantiu o empate à briosa. Mas a razão não é apenas essa: “o Sporting é o meu clube do coração. Um dia posso dizer aos meus filhos que marquei um golo ao Benfica”, diz, em jeito de brincadeira.
O sonho de chegar ao nível máximo do futebol está presente diariamente mas também existe a possibilidade dos planos saírem furados e, nesse caso, diz, é importante ter à mão um plano alternativo. “Amo o futebol mas sei que há muitos jovens a tentar a mesma sorte que eu. Por isso vou terminar o 12º ano do curso de economia e ingressar no ensino superior para tirar a licenciatura em Gestão Desportiva”, conclui.

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