A foto que a vocalista dos Lucky Duckies, Cláudia Faria, fez o ano passado, durante o concerto nas festas da Póvoa de Santa Iria, não mostra toda a festa mas dá para se ter uma ideia daquilo que só poderá voltar a acontecer o ano que vem, na melhor das hipóteses.
Nessa altura, quando as festas regressarem, a União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, vai ter que decidir se o local das mesmas continuará a ser a Quinta da Piedade, mas esse é, nas actuais circunstâncias um não problema. Nesta altura qualquer local era bom, desde que a comunidade pudesse conviver e divertir-se livremente, sem máscaras, nem distanciamento ou vigilância das autoridades. Quem é que pode imaginar o que será a próxima festa sem a ameaça do vírus?
Assistir aos concertos, ver junto ao rio a cerimónia da bênção dos barcos avieiros, dançar, petiscar, rir, abraçar amigos, falar de tudo e de mais alguma coisa em voz alta por entre o bruá-bruá da multidão ou do som da música. Muito mais do que saudades, há uma pressa enorme de chegar ao futuro. De chegar às festas que celebram Nossa Senhora da Piedade de quem, crentes e não crentes, esperam receber a graça de dias menos opressivos.