Depois de um período financeiro conturbado, a Cerci Flor da Vida, instituição de Azambuja que apoia pessoas com deficiência, já pode respirar de alívio. Os 224 mil euros do Fundo de Socorro da Segurança Social, ao qual a instituição concorreu em 2019, chegaram a 21 de Agosto para pôr fim à dívida, que chegou a ser de 600 mil euros. Segundo o presidente da instituição, José Manuel Franco, a injecção financeira permitiu liquidar o que faltava: “Os 30 mil euros de dívida bancária e os 38 mil euros à Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci). Neste momento estamos com a dívida a zeros e a pagar a 30 dias aos fornecedores”, afirmou a O MIRANTE.
Mas este milagre na consolidação das contas deve-se sobretudo, destaca, a uma “estratégia de gestão rigorosa” e ao corte de despesas. “O fundo da Segurança Social passou de uma ajuda essencial para algo secundário”, uma vez que as dívidas da instituição estavam praticamente saldadas.
O que vem permitir, diz o dirigente, é um novo fôlego financeiro para que a Cerci “mantenha a sua estabilidade e sustentabilidade financeira” e possa apostar em “novas valências” para os seus utentes, nomeadamente ao nível da formação profissional.
A actual direcção, que tomou posse a 14 de Fevereiro, conseguiu estabilizar as contas, reabrir as valências e terapias que tinham encerrado, como o tanque terapêutico, e ainda aumentar ordenados aos colaboradores.