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Chamusca sem mercado municipal há quatro anos
Casas de banho públicas em contentor junto ao mercado voltaram a funcionar

Chamusca sem mercado municipal há quatro anos

O mercado municipal da Chamusca está fechado há quatro anos embora as obras já estejam no final há muito tempo. O presidente da câmara diz que a culpa é do empreiteiro.

As obras de requalificação do Mercado Municipal da Chamusca já sofreram vários contratempos. O espaço tem as portas fechadas há cerca de quatro anos, e a reabertura não deve ser para já. O presidente da câmara, Paulo Queimado, já prometeu tantas vezes a conclusão das obras que, na última reunião camarária, admitiu que sente vergonha de passar junto ao espaço.
O desabafo surgiu depois da vereadora da CDU no executivo, Gisela Matias, ter questionado o autarca, na sessão, que se realizou a 18 de Agosto, sobre o ponto de situação das obras de requalificação do mercado. Queimado prometeu tantas vezes a reabertura do espaço que, desta vez, sentiu necessidade de mudar o discurso. Recorde-se que o autarca tinha dado como certa, em assembleia municipal de Fevereiro, a conclusão das obras no mercado municipal da vila no final de Abril deste ano.
O presidente da câmara não se quis comprometer com uma data para a abertura do espaço e atirou as culpas para o empreiteiro: “com um empreiteiro normal e competente a questão já tinha sido resolvida”, sublinhou. Paulo Queimado referiu ainda que já tem muitos comerciantes a competir por um lugar nas lojas que serão concessionadas.
Como O MIRANTE tem noticiado ocorreram vários problemas com a intervenção no edifício do mercado municipal. O mais recente prendeu-se com a instalação eléctrica, que teve de ser alterada, mas a obra já nasceu enguiçada. Primeiro foi o concurso público para a empreitada que ficou deserto, em Novembro de 2016. Devido à falta de empresas interessadas o município dividiu a empreitada em duas fases para assim poder proceder a ajustes directos. Após o término das obras da primeira fase, em Agosto de 2018, a empreitada esteve parada durante três meses. Nessa altura O MIRANTE solicitou informação sobre o assunto a Paulo Queimado, que não deu qualquer resposta, tal como fez em reunião de câmara à vereadora da CDU, Gisela Matias, depois de questionado sobre um possível embargo da obra.
A segunda fase da empreitada dizia respeito à decoração e mobiliário para as lojas que serão concessionadas. A adjudicação demorou a ser feita, alegadamente, por falta de dinheiro. Com essa fase também concluída surgiram os problemas com a instalação eléctrica, e outros acabamentos, que têm impedido a reabertura do mercado municipal.

À margem

Sanitários da Chamusca em contentor fechado durante os últimos meses

No dia a seguir à intervenção da vereadora da CDU, Gisela Matias, na reunião de câmara, o município abriu as casas de banho públicas junto ao mercado que funcionam num contentor. Os munícipes queixavam-se da falta de sanitários públicos na vila, mas a câmara nunca deu explicações. Na sessão camarária desculpou-se com questões relacionadas com a pandemia. No dia seguinte às explicações pedidas pela vereadora Gisela Matias os sanitários já estavam a funcionar, o que prova que o efeito da oposição política faz render trabalho.

Chamusca sem mercado municipal há quatro anos

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