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Só há nova sede do rancho de Benavente  se houver fundos comunitários
José Carvalho, Zulmira Ganhão e Carla Silva, dirigentes do rancho, estão agastados com a demora na resolução do problema

Só há nova sede do rancho de Benavente  se houver fundos comunitários

Dirigentes do rancho típico Saia Rodada confessam-se cansados de pedir ao município por soluções que lhes permitam ter maior dignididade na promoção das tradições e costumes da terra. Sede do grupo está bastante degradada, infestada de ratos e chove no interior.


O Rancho Típico Saia Rodada, de Benavente, um dos mais importantes da região e que tem mais de sete dezenas de membros, precisa de uma nova sede porque as actuais instalações estão muito degradadas e a precisar de obras urgentes. Chove no interior, o espaço é mal iluminado, as paredes e casas de banho estão em mau estado e as infestações de ratos e baratas afastam as pessoas do local. O edifício, outrora posto da GNR, tem mais de oitenta anos e foi cedido ao grupo há três décadas, na altura em boas condições. Mas foi-se degradando ao longo dos anos por falta de capacidade financeira do rancho para fazer a manutenção.
O presidente do município, Carlos Coutinho, reconhece que o espaço precisa de obras e que o rancho merece ter um local com outra dignidade. Mas nota que serão precisos pelo menos 200 mil euros para executar os trabalhos de requalificação e construção de uma nova sede e que, por isso, um investimento dessa envergadura só será possível quando houver disponibilidade dos fundos comunitários. O autarca refere que está na expectativa de que possa haver uma reprogramação dos fundos europeus e que assim que possível a câmara possa avançar com a intervenção. Já existe um projecto de intervenção que foi usado numa candidatura à requalificação urbana, entregue pelo município, mas acabou por não ser contemplado.
Para os dirigentes cada dia é mais uma tormenta. Não podem dançar porque o espaço está repleto de pó, cheira a esgoto e é demasiado frio de Inverno e quente de Verão. O telhado está a cair. Há registo de membros do rancho com problemas respiratórios que tiveram de interromper os ensaios por não conseguirem respirar com tanto pó nas instalações. Um dia a casa vem abaixo porque a estrutura do telhado está podre, diz a O MIRANTE Zulmira Ganhão, vice-presidente do grupo.
O rancho foi fundado em 1980 e tem levado ao resto do país e além-fronteiras as tradições e costumes de Benavente. “É muito importante manter esta tradição mas termos a sede nestas condições é um enorme desgosto para nós. A única coisa que mostramos neste momento é a dança em cima de um palco, noutros locais, porque temos vergonha que alguém entre aqui e veja isto nestas condições”, lamenta.

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