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Pedro Álvares Cabral morreu há 500 anos

Cabral é considerado o maior navegador de sempre, um dos portugueses mais valorosos de todas as épocas. A viagem marítima que o leva à descoberta do Brasil “é a mais extraordinária e a mais significativa viagem marítima desde os primórdios da história da Humanidade”, segundo dizem os biógrafos. Cabral está sepultado na Igreja da Graça em Santarém. Em 2020 passam 500 anos do seu falecimento.

O MIRANTE vai publicar um suplemento de homenagem a Pedro Álvares Cabral o descobridor do Brasil que tem sepultura na Igreja da Graça em Santarém. Cabral nasceu em Belmonte mas viveu os últimos anos da sua vida no concelho de Santarém, segundo reza história. Depois de ser afastado pelo Rei D. Manuel I de responsabilidades nas coisas do mar e por causa do desagrado real em que viveu os últimos anos da sua vida, os cronistas da época esqueceram-se muitas vezes do seu nome para não desagradarem a D. Manuel I, segundo Jaime Cortesão, citado na biografia de Metzner Leone. A escassez de índices biógrafos sobre Pedro Álvares Cabral é bem demonstrativo desse esquecimento dos cronistas da época.
Para a grande maioria dos historiadores Pedro Álvares Cabral foi o maior navegador de todos os tempos; o homem a quem a Humanidade deve o início prático do intercâmbio económico em que ainda hoje vivemos, a directa permuta intercontinental das culturas e riquezas de povos nos mais diversos estádios civilizacionais; Pedro Álvares Cabral é ainda apontado pelos biógrafos como “o primeiro embaixador actuante de um rei europeu junto das cortes orientais com o objectivo de pacificamente inter-relacionar os povos de todo o mundo”.
Os últimos anos da sua vida, no Ribatejo, numa apagada existência de fidalgo rural, desinteressado da dupla epopeia que ele próprio desencadeara (a oriental e a sul-americana) só podem provar o carácter e a grande firmeza de espírito do navegador, filho de beirões, “da fortíssima árvore secular dos Cabrais da Beira e também dos Gouveias da Beira, fruto magnífico de que a nação e a humanidade tão amplamente se serviram, e de que o Rei Venturoso tão depressa se saciou”.
Da biografia de Metzner Leone ainda se respiga sobre Cabral “a certeza da impressionante cortina de silêncio que desce sobre o seu nome e a sua pessoa, logo após o seu regresso de Calicut e Cochim, depois de ter descoberto a Terra de Vera Cruz”, o que leva a pensar, quem não for conhecedor da verdade, “que não foi Pedro Álvares Cabral quem fez a mais extraordinária e a mais significativa viagem marítima desde os primórdios da história da Humanidade (...) embora não haja dúvida nenhuma de que o Pedro Álvares e Gouveia nomeado por uma carta régia Capitão-mor da armada da Índia é o mesmíssimo a quem Pero Vaz de Caminha chamava simplesmente o Capitão, a quem o Piloto anónimo chama Pedro Álvares e a quem a história universal chama apenas Cabral”.

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