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Vida do anti-fascista José Pedro Soares inspira documentário
José Pedro Soares

Vida do anti-fascista José Pedro Soares inspira documentário

Município de Vila Franca de Xira vai apoiar a produção do filme sobre um homem que, por lutar contra a ditadura, esteve preso três anos nos calabouços do antigo regime.

O município de Vila Franca de Xira vai apoiar com cinco mil euros a Associação Cultural Mercearia das Artes, de Lisboa, que vai realizar um documentário baseado na história de vida de José Pedro Soares, combatente anti-fascista. A proposta foi aprovada por maioria, com a abstenção do Bloco de Esquerda, na última reunião pública do executivo.
Natural das Cachoeiras, José Pedro Soares foi um combatente empenhado contra o regime ditatorial em Portugal e foi distinguido em 2019 com a medalha de honra do município. O filme, que tem como título provisório “As Marcas da Liberdade”, visa criar um documento audiovisual que possa funcionar como memória histórica e instrumento pedagógico, dando a conhecer aspectos importantes da história recente do país e da revolução do 25 de Abril de 1974.
Tal como O MIRANTE relatou na edição de 11 de Fevereiro de 2015, José Pedro Soares esteve preso em Caxias e em Peniche, devido à sua actividade cívica e política. Em 1971, quando tinha 21 anos, foi preso e só foi libertado três anos mais tarde, no dia seguinte ao 25 de Abril de 1974. Foi julgado e condenado por pertencer à oposição à ditadura, ser membro do Partido Comunista Português e lutar contra a guerra colonial.
Afirmou na altura que os anos que permaneceu na cadeia influenciaram muito a sua vida, sobretudo porque foi aí que conheceu muitas pessoas influentes que reforçaram ainda mais as suas convicções, como a necessidade de viver numa sociedade cada vez mais livre e justa.
O realizador do filme, Júlio Pereira, e a produtora, Filipa Patrício, são ambos naturais de Vila Franca de Xira. A câmara municipal justifica a atribuição do apoio com a relevância e interesse público que o filme representa para o concelho e o facto dos seus autores serem naturais daquela comunidade.
Além dos cinco mil euros o município vai também pagar as despesas de alimentação da equipa de filmagens sempre que estas estejam a trabalhar no concelho ribatejano, com acesso gratuito ao refeitório municipal. Quando isso não seja possível, e as refeições tenham de ser feitas após o horário de funcionamento do refeitório, o município vai custear, até ao limite máximo de 250 euros, as refeições, em restaurantes à escolha da equipa de filmagens. A câmara municipal vai também dar apoio institucional e permitir a recolha de imagens em espaços de propriedade e gestão municipal, isentando também a produtora do pagamento de taxas relacionadas com condicionamentos de trânsito e estacionamento.

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