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Pandemia já custou 13 milhões de receita aos cofres de Vila Franca de Xira
António Oliveira, vice-presidente do município, considera a quebra de receita muito preocupante

Pandemia já custou 13 milhões de receita aos cofres de Vila Franca de Xira

Quebra da actividade comercial já se sente na cobrança de taxas e impostos com emagrecimento do orçamento municipal. Oposição quis aprovar nova medida de apoio ao tecido empresarial do concelho mas a proposta foi chumbada.

A pandemia de coronavírus que paralisou a região e o país desde Março já levou a uma quebra nas receitas da Câmara de Vila Franca de Xira na ordem dos 13 milhões de euros.
A queda destes valores é considerada preocupante e os números foram avançados na última reunião pública do executivo, durante a discussão de uma proposta apresentada pela CDU no sentido de isentar os comerciantes do concelho do pagamento de taxas até ao final do ano. O documento foi chumbado com os votos contra do PS e coligação Mais e a abstenção do Bloco de Esquerda. a CDU votou favoravelmente.
A proposta de apoio às micro, pequenas e médias empresas do concelho visava isentar até ao final do ano o pagamento de taxas de ocupação da via pública, assim como a afixação e inscrição de publicidade. Uma vez que a cobrança destas taxas está delegada nas juntas de freguesia, a proposta pretendia que o município também transferisse para as juntas o valor desse apoio para fazer face às quebras previstas.
“Os números são finitos. Partilhamos a preocupação mas esta quebra na receita da câmara é muito preocupante”, lamentou António Oliveira (PS), vice-presidente do executivo, lembrando que para já a medida não pode ser aprovada. Em causa estavam perto de 600 mil euros de apoios, que o município diz não ter disponibilidade para pagar no momento actual.
“Já demos vários apoios extraordinários às juntas no âmbito dos apoios que elas também concederam [na altura do confinamento]. Nunca deixámos nenhuma junta em dificuldades. Se alguma tiver dificuldades estaremos cá para avaliar e ver o que poderemos fazer para ajudar”, lembrou António Félix (PS), vereador com o pelouro financeiro.
Da parte da CDU, Nuno Libório afirmou não ser indiferente ao impacto financeiro da medida mas lembra que o comércio local no concelho é dos sectores mais importantes na oferta local de emprego. “Quem fica a perder são todos os que poderiam ter acesso a este apoio e estamos a falar de situações difíceis e dramáticas para muitos estabelecimentos comerciais”, lamentou.
Rui Perdigão, do Bloco de Esquerda, lamentou que haja dinheiro para outras obras e não para dar este tipo de ajudas. “As juntas que isentaram os comerciantes de pagar taxas também perderam parte substancial da sua receita. Fizeram um sacrifício e seria meritório serem agora reconhecidas e ajudadas nesse esforço”, considerou.

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