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Não há professores com menos  de trinta anos 

Em Portugal, apenas 2% dos professores do 3º ciclo e secundário são considerados jovens, um número que cai para 1% entre os docentes do 1º e 2º ciclos de escolaridade, segundo o relatório anual “Education at a Glance” divulgado a 8 de Setembro pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Segundo o documento, os docentes com idades abaixo dos 30 anos representam uma minoria e colocam o país entre os últimos de uma lista de 39 países.
O envelhecimento do corpo docente tem sido uma tendência transversal à maioria dos países da OCDE, que no relatório alerta para uma pressão acrescida sobre os governos nos próximos anos para recrutar e formar novos professores, uma vez que uma grande parte alcança a idade da reforma na próxima década. Esta tendência, no entanto, é mais acentuada em Portugal e, segundo os dados revelados, entre 2005 e 2018, a proporção de professores jovens no ensino secundário caiu 15 pontos percentuais.
Por outro lado, os professores mais jovens são também, em média, os mais mal pagos e, no mesmo relatório, a organização intergovernamental destaca igualmente o salário dos docentes do ensino público.
Em 2019, os docentes portugueses continuavam entre os mais bem pagos, comparativamente com outros trabalhadores com cursos superiores, ultrapassados apenas pela Lituânia e Costa Rica, que ocupam o 2º e 1º lugares, respectivamente, da lista comparativa da OCDE.
Significa isto que, à semelhança daquilo que foi registado no relatório de 2018, os professores das escolas portuguesas ganharam em 2019, em média, mais do que outros trabalhadores com formação superior, quando se compara o salário médio de ambos, uma tendência que contraria a maioria dos países da OCDE
Em Portugal, à semelhança da maioria dos países, os salários dos profissionais representam a maior fatia da despesa pública na Educação (72% no ensino superior e 85% no básico e secundário, em 2017). Comparando com a média da OCDE, Portugal gastou menos por aluno em 2017, em todos os níveis de ensino, mas dedicou uma maior percentagem do PIB à Educação (5,2%).

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