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Bombeiro de Coruche apanhado com álcool é punido e abre-se inquérito para apurar se houve tramóia 
Luís Fonseca

Bombeiro de Coruche apanhado com álcool é punido e abre-se inquérito para apurar se houve tramóia 

A Câmara de Coruche, que tutela a corporação de bombeiros da vila, tem dúvidas sobre a forma como o bombeiro foi apanhado e mandou abrir um inquérito. Autarquia quer perceber se o comandante está envolvido num esquema para tramar o bombeiro e perceber qual foi o envolvimento da GNR.

A Câmara de Coruche decidiu punir o bombeiro apanhado com álcool a conduzir uma ambulância, da corporação municipal, com 70 dias de suspensão sem vencimento. A proposta do instrutor do processo disciplinar foi aprovada pelo executivo municipal, que decidiu também iniciar um inquérito para apurar a actuação do comandante, Luís Fonseca, e de quem estava no quartel a 29 de Dezembro do ano passado. A autarquia quer perceber se houve um esquema para tramar Samuel Loureiro e se houve a colaboração da GNR no caso, na sequência de indícios que o operacional remeteu para o município.
Os vereadores da oposição defenderam a “urgência” e “justiça” de ser aberto um novo inquérito, salientando haver matéria para outros processos disciplinares e até criminais. A vereadora do PSD, Liliana Pinto, considerou que, apesar de não acreditar na “teoria da cabala”, a forma como tudo aconteceu “levanta suspeitas”. A autarca, realçando que nada desculpa a atitude do bombeiro, entende que esta investigação tem que ir mais longe.
A acção da GNR de ter mandado parar uma viatura em serviço de urgência também levanta suspeitas, no entender do vereador da CDU, António Moreira, que foi comandante dos Bombeiros Municipais de Coruche durante 40 anos. O presidente da câmara, Francisco Oliveira, concorda que é imperativo esclarecer o máximo possível sobre as responsabilidades entre as chefias dos bombeiros e a forma de actuação dos guardas.
Samuel Loureiro conduzia uma ambulância que seguia em marcha de emergência a caminho de um suposto acidente na Estrada Nacional 114, na zona de Santana do Mato, que nunca se confirmou ter existido. O bombeiro tinha percorrido dois quilómetros quando às 02h30, foi mandado parar por uma patrulha da GNR situada à saída da vila. O bombeiro foi sujeito ao teste de alcoolemia e acusou 1,9g/l.
O bombeiro, que raramente conduzia, viu-se obrigado a sair com a ambulância por ser o único no quartel, além de quem estava na central de comunicações. As outras ambulâncias tinham saído para ocorrências, uma delas para o local mais distante do concelho para uma ocorrência falsa. Como o bombeiro não podia ir sozinho ao suposto acidente, recebeu ordens para ir buscar um colega a casa, que se recusou a conduzir. Samuel Loureiro sempre afirmou ter sido tramado e acusa o comandante de ser o responsável por montar o alegado esquema.

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