Conheço várias pessoas que fazem vinho à maneira antiga, como aquelas que aparecem na reportagem de O MIRANTE sobre fazer vinho num tanque da roupa. Todos os anos, devido à sua generosidade, me oferecem algum do vinho que fazem. O que tenho verificado é que, em muitos casos, aquilo foi estragar uvas.
O vinho feito daquela forma pode ser razoável, mau ou muito mau. É como no totoloto. O que sair sai. Não há qualquer controlo. Ainda a semana passada deitei fora uns litros de um vinho que me foi oferecido. Não estava azedo mas era intragável, apesar de todos os elogios que lhe eram feitos por quem o provou, na generalidade familiares e amigos do produtor. É como nas redes sociais quando uma amiga feiinha mete uma foto. Quem se atreve a dizer-lhe que não é tão “lindona” como dizem as dezenas de comentários.
Ricardo M. Geraldo