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Depois de lutar contra tumor ósseo Tomás enfrenta agora cancro nos pulmões
Família de Marinhais voltou a receber uma má notícia e tenta angariar fundos para o tratamento do pequeno Tomás

Depois de lutar contra tumor ósseo Tomás enfrenta agora cancro nos pulmões

Família de Marinhais soube do diagnóstico cinco dias depois de comemorar o sexto aniversário do menino. A irmã, com 10 anos, também já teve de vencer um cancro nos ossos.

Há cerca de um ano a família de Tomás descobriu que o menino tinha um tumor ósseo maligno alojado numa tíbia. Tomás celebrou o sexto aniversário a 4 de Setembro e a família começava a respirar de alívio depois da criança ter feito a operação e tratamentos de quimioterapia necessários. Durante os exames de rotina, a 9 de Setembro, os médicos informaram que o cancro alastrou para os pulmões. Os pais, José Leal e Paula Simões, confessam-se desolados por nunca mais se verem livres do drama que atingiu os seus filhos. Três anos antes, Marta, irmã de Tomás, foi diagnosticada com a mesma doença, no mesmo local.
“Já é a terceira notícia que recebemos. É desolador, nunca nos habituamos e cada vez é pior porque a impotência e a frustração vão aumentando. O Tomás pensa que vai para a escola e vamos ter que lhe dizer que vai ter que voltar para o hospital”, lamenta José Leal a O MIRANTE. Guarda prisional de profissão, o pai de Tomás e Marta está em assistência à família há cerca de três anos.
Os tratamentos têm sido feitos numa clínica em Pamplona (Espanha) porque a opção dos médicos portugueses era amputar uma perna a ambas as crianças. José e Paula não aceitaram e foram à procura de alternativas, que encontraram em Espanha e onde vão continuar o próximo tratamento de Tomás. “Se mudássemos de clínica o processo teria que voltar ao início e estes tumores são muito agressivos. Não podemos perder tempo”, afirma José Leal.
Os primeiros tratamentos de Tomás, que começaram em Outubro do ano passado, foram totalmente pagos pelos pais da bebé Matilde, diagnosticada com atrofia muscular espinhal do tipo 1, uma doença rara, que mobilizou o país com uma campanha solidária, que angariou mais de dois milhões de euros. Entretanto, o Estado comparticipou o tratamento de Matilde e os seus pais doaram o valor necessário para os tratamentos de Tomás.
Um ano depois a família volta a precisar de dinheiro para novos tratamentos para combater o cancro nos pulmões. Os pais lutam contra o tempo uma vez que o tratamento tem que começar o mais rápido possível e o dinheiro já foi praticamente todo gasto nas consultas, tratamentos e operação do pequeno Tomás. No domingo, 13 de Setembro, um grupo de amigos organizou uma iniciativa para angariar algum dinheiro para ajudar a família.

Irmã sofreu da mesma doença
O caso de Tomás Leal não é único na família. Há três anos a sua irmã, Marta Leal, na altura com seis anos, foi diagnosticada com a mesma doença e correu o risco de ver uma das pernas amputada. Esse era o diagnóstico dos médicos portugueses com quem falaram. A família decidiu procurar alternativas de tratamento em clínicas em Itália e na Alemanha até descobrirem a clínica Navarra, em Pamplona (Espanha).
Foram a uma consulta e a família começou logo a arranjar dinheiro para conseguir pagar os tratamentos de Marta, com um custo de 90 mil euros. Entre alguns empréstimos da família e vários contributos de colegas de trabalho, amigos e desconhecidos a menina acabou por fazer os tratamentos e receber a boa notícia de que o tumor alojado no fémur tinha desaparecido.
Três anos depois a família volta a passar pelo mesmo tormento. Foi em Maio que Tomás começou a ter os primeiros sintomas. O diagnóstico foi confirmado no final de Setembro tendo-se iniciado o processo de recuperação do menino. Marta, actualmente com 10 anos, realizou nova operação em Maio deste ano para substituir o osso da tíbia. Como a menina vai crescendo é necessário substituir o osso para as pernas ficarem do mesmo tamanho. O mesmo vai acontecer com Tomás.

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