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Jacintos não dão tréguas e invadem novamente a vala de Alpiarça

Limpeza do curso de água arrancou em Fevereiro mas parou durante o período de confinamento e as plantas infestantes aproveitaram para voltar em força. No total, a operação já custou ao município cerca de 150 mil euros.

A limpeza da vala de Alpiarça tem dado que falar nas reuniões de câmara. Na última reunião, a 9 de Setembro, a oposição mostrou o desagrado com o regresso de jacintos-de-água que tapam já todo o espelho de água de um dos lados da ponte, à entrada de Alpiarça. A limpeza da vala começou a ser feita em Fevereiro deste ano e esteve suspensa durante o período de confinamento, porque houve funcionários da empresa infectados com o coronavírus. Os trabalhos retomaram em Junho, a limpeza ainda está a meio, mas a vala está já novamente repleta de jacintos.
A vereadora Sónia Sanfona (PS) apontou o dedo ao “mau trabalho” que está a ser feito. “Ainda não acabaram a limpeza que custou cerca de 150 mil euros e temos já necessidade de limpá-la outra vez”, atirou. Muito crítico sobre a forma como estavam a ser feitos os trabalhos de limpeza e manutenção da vala foi o vereador António Moreira (PS): “Sempre disse que a limpeza estava a ser mal feita e o senhor presidente não gostou da minha observação. Agora que está tudo sujo outra vez, pergunto: está satisfeito com a limpeza?”.
O presidente da Câmara de Alpiarça, Mário Pereira (CDU), admitiu não ter conhecimentos técnicos sobre a matéria mas manifestou confiança na experiência da empresa contratada. O autarca justificou que os jacintos não são um problema exclusivo de Alpiarça e aproveitou para referir que é necessário haver uma visão integrada da limpeza dos rios e da vala em particular, por parte do Ministério do Ambiente, delegando essas funções na Administração Hidrográfica do Tejo.
Os trabalhos de limpeza da vala de Alpiarça tinham por objectivo abranger todo o concelho, desde a quinta da Lagoalva até à quinta da Gouxaria e previam a remoção das plantas infestantes e das ervas daninhas, mantendo a vegetação tradicional das margens. A intervenção ronda os 150 mil euros, e é financiada em 85% pelo Fundo Ambiental do Ministérios do Ambiente, sendo os restantes 15% assumidos pela Câmara Municipal de Alpiarça.

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