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Factura da água disparam em Almeirim e Coruche depois  da adesão à empresa intermunicipal Ecolezíria

Os consumidores de Almeirim e Coruche estão a receber facturas de água com elevados valores, devido a alterações nos tarifários de resíduos, que passam a ser cobrados consoante o consumo de água, ao que acresce os ajustes de meses de cobranças por estimativa por causa da Covid-19. Os consumidores que se preparem para mais custos. A taxa de gestão de resíduos vai aumentar para o dobro.

A adesão de Almeirim e Coruche à empresa intermunicipal de gestão de resíduos, a Ecolezíria, está a provocar um aumento na factura de água. Nos dois municípios passou a refectir-se mais cerca de 30 por cento do custo com a gestão dos lixos, situação que o presidente da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo e da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, diz que terá de acontecer mais tarde ou mais cedo nos outros concelhos. Em Almeirim e Coruche há consumidores a receberem contas de mais de 130 euros, o que também pode ter a ver com aumentos dos consumos de água nos meses de Verão, altura em que as leituras estiveram suspensas, por causa da Covid-19, tendo as facturas sido feitas por estimativa.
Mas desengane-se se pensa que o agravamento das facturas vai ficar por aqui. Em Janeiro os municípios e as empresas de gestão de resíduos, como a Ecolezíria, vão passar a pagar o dobro de taxa de gestão de resíduos, que também se vai reflectir no que os consumidores vão pagar. O Governo aprovou um aumento de 11 para 22 euros por tonelada de lixo entregue nos sistemas de tratamento, com a justificação de que isso vai contribuir para a redução de produção de lixos e incentivar a separação e reciclagem. Uma situação que Francisco Oliveira diz não se justificar, perspectivando que não terá grande efeito.
O facto de a Ecolezíria, criada há seis meses, estar a fazer a gestão em alta (tratamento) e em baixa (recolha nos contentores), foi o que provocou alterações no tarifário. Os consumidores passaram a pagar uma taxa variável, indexada ao consumo de água, além da taxa fixa mensal que já pagavam. Agora, quanto mais água se consumir mais se paga de taxa de resíduos, que consta na factura como “Conta de Terceiros”, assim designada porque o valor é transferido para outras entidades.
O presidente da Águas do Ribatejo considera injusta a obrigação de se pagar uma taxa variável de resíduos, porque quem consome mais água não produz necessariamente mais lixo e vice-versa. Francisco Oliveira explica ainda que alguns municípios têm cobrado aos consumidores taxas de resíduos que não reflectem o custo integral da recolha, salientando que os munícipes pagaram cerca de 70 por cento das despesas das autarquias. Uma situação que vai ter de mudar, realça.

Estimativas e maiores consumos fazem disparar preços
As leituras dos contadores de água foram suspensas no início da pandemia. O que fez com que as facturas seguintes fossem feitas por estimativa com referência aos meses de Janeiro e Fevereiro, período em que por norma se consome menos água. Este ano as pessoas estiveram mais tempo em casa, em confinamento por causa da pandemia, o que fez disparar em cerca de sete por cento os consumos, segundo o director comercial da Águas do Ribatejo, João Barros. Neste período as pessoas terão aproveitado para fazer limpezas e lavagens de quintais e algumas, que não foram de férias por causa da Covid-19, terão comprado piscinas insufláveis. Apesar de tudo, Francisco Oliveira aconselha os consumidores a reclamarem as facturas que entendam serem exageradas.

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