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Proteger os rios e as barragens deve ser uma obrigação de todos
Para Nuno Feijoca e António Casimiro o rio Sorraia é um excelente escape para a depressão pandémica

Proteger os rios e as barragens deve ser uma obrigação de todos

António Casimiro e Nuno Feijoca, atletas da secção de pesca do Grupo Desportivo de Benavente, são os novos campeões nacionais de pesca embarcada ao achigã. Estão convocados para representar Portugal no Campeonato do Mundo, que se realiza nos Estados Unidos em 2021.

Ainda há muita conversa e pouca acção, por parte da comunidade e dos poderes políticos, no que toca à promoção da defesa dos rios e dos seus ecossistemas. A convicção é de António Casimiro e Nuno Feijoca, elementos da secção de pesca do Grupo Desportivo de Benavente (GDB) que se sagraram campeões nacionais de pesca embarcada ao achigã.
O duo afirma que os municípios de Benavente, Coruche, Salvaterra de Magos e Mora estão hoje muito envolvidas no combate à praga de jacintos mas temem que em breve o problema já esteja a chegar ao Cabeção, onde existe uma pista de pesca. “Entristece-me imenso ver rios poluídos. Há muita gente a olhar para o problema, mas nem sempre se faz o que se poderia fazer. Temos de começar a ter o máximo cuidado com os nossos rios e barragens”, defende Nuno Feijoca.
Foi no Sorraia que Nuno aprendeu a pescar na companhia do pai. Disse-lhe que um dia seria campeão nacional e este ano conseguiu cumprir a promessa. “Quis o destino que fosse pelo GDB”, confessa a O MIRANTE. Nuno tem 44 anos e trabalha em cosmética capilar.
António Casimiro, de 55 anos, é professor de filosofia no ensino secundário. Na pesca conheceram-se primeiro como adversários. Depois, quando perderam os seus parceiros de barco, juntaram-se e a relação deu frutos. Já representaram Portugal por duas vezes em campeonatos do mundo e na última época, vestindo pela primeira vez a camisola do GDB, sagraram-se campeões nacionais.
Rio e natureza são escape para a pandemia
Na pesca embarcada ao achigã os peixes têm de ser mantidos vivos até à pesagem final da prova e são devolvidos ao rio. Mas para António e Nuno os rios têm muito mais do que peixe para ser pescado. “Todos vivemos à beira rio e a natureza pode ser um grande escape. Temos um rio onde podemos pescar, ver os peixes, ouvir a água a correr e ouvir os pássaros. Fugir para a natureza e para a beira rio é óptimo, especialmente durante uma pandemia como esta. Somos privilegiados por ter o Sorraia aqui ao nosso lado. Podemos aproveitá-lo”, defende António Casimiro.
A equipa disputa as provas em barragens, locais onde é possível andar de barco. Têm sido regulares nos resultados (quartos e terceiros lugares em épocas anteriores) e em Fevereiro arrancam para a nova época tentando defender o título de campeões.
“Sermos campeões nacionais é um sonho concretizado. Trabalhámos muito para isso acontecer. Este desporto exige muitos treinos. É preciso conhecer a biologia do peixe, localizá-lo, perceber o que está a comer, a que profundidade está”, contam.
É um desporto caro e tudo o que gastam sai-lhes do bolso. Só em combustível para competir foram quatro mil euros no último ano. Em 2021 vão representar Portugal com as cores do clube de Benavente no campeonato do mundo que se realiza nos Estados Unidos. Nenhum deles tem aquários em casa.
A secção de pesca do clube está a ganhar nova dinâmica e conta actualmente com 17 praticantes. Confessam, a brincar, que no que toca a pescar no mar o cenário é diferente e não apanham peixe tão facilmente. “Tudo faremos para honrar o nosso clube, a nossa terra e o nosso país no campeonato do mundo”, prometem.

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