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Resíduos perigosos continuam a amontoar-se às portas de Vialonga
Resíduos perigosos como diluentes e placas de fibrocimento estão a ser abandonadas junto à ribeira de Alpriate em Vialonga

Resíduos perigosos continuam a amontoar-se às portas de Vialonga

Na última semana foram depositadas centenas de quilos de lixo, algum dele tóxico, num descampado em Alpriate. Município diz-se vigilante mas os infractores continuam a escapar inpunes.

Bidões de diluente celuloso, óleos e restos de peças de automóveis e resíduos de construção como banheiras, móveis e entulhos são alguns dos resíduos que recentemente foram despejados pela calada da noite junto da ribeira de Alpriate, em Vialonga. Alguns lixos são tóxicos e nocivos, como os diluentes e as placas de fibrocimento, um material que tem na sua constituição amianto, uma substância cancerígena.
O local, situado próximo das ruínas da Quinta do Monteiro Mor, é há muito um sítio bastante usado por desconhecidos para ali depositarem todo o tipo de lixo, de forma ilegal e sem prestar qualquer cuidado com o meio ambiente.
Este crime ambiental tem indignado alguns moradores que passam no local, mas também os autarcas de Vialonga, que já por várias vezes chamaram à atenção para o problema. Na zona passam anualmente milhares de peregrinos de todo o mundo rumo aos caminhos de Santiago e de Fátima.
O local, confirma o município de Vila Franca de Xira a O MIRANTE, é um dos 56 pontos no concelho já identificados pelas autoridades como zona habitual de descarga de resíduos. Está a ser monitorizado e é alvo de vistorias frequentes. Sempre que necessário, o município remove os lixos. Entre as acções previstas para o local está a promessa da câmara em ali colocar vários painéis informativos e dissuasores deste tipo de práticas.
António Oliveira, vice-presidente do município, explica que o levantamento realizado pela autarquia permite uma melhor monitorização e atitude reactiva face aos resíduos que vão aparecendo e especialmente no que toca à sua recolha e encaminhamento. “A câmara já identificou 56 locais no concelho onde regularmente ocorre o depósito deste tipo de resíduos. Numa acção concertada com as forças de segurança – PSP e GNR – estão a ser reforçadas as acções conjuntas ao nível da vigilância de locais de depósito ilegais de resíduos, que constituem crimes ambientais altamente lesivos para o município”, explica o autarca.
A deposição ilegal de entulhos de obra por todo o concelho é um crime ambiental que continua a compensar e a maioria dos prevaricadores escapa à malha da lei. Quem for apanhado a despejar entulhos arrisca multas entre os 20 e os 200 mil euros e para empresas entre os 30 e os 300 mil.
Por lei esses resíduos devem ser enviados para valorização junto de entidades credenciadas mas esse é um processo oneroso que muitos construtores tentam fintar. E têm-no feito despejando pela calada da noite milhares de toneladas desses detritos de construção e demolição todos os meses em vários locais do concelho.

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