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Rotários de Vila Franca de Xira  em guerra com a Junta de Alverca
Filomena Rodrigues. Carlos Gonçalves

Rotários de Vila Franca de Xira  em guerra com a Junta de Alverca

Em causa está a ocupação de duas salas no Fórum Municipal da Chasa. Espaços estavam cedidos pelo município aos rotários mas acabaram ocupados por uma outra associação e fechados a cadeado.

O Rotary Club de Vila Franca de Xira está em pé de guerra com a Junta de Freguesia de Alverca e Sobralinho, tudo por causa de duas salas que deixaram de poder ocupar no Fórum Municipal da Chasa. As salas estão fechadas a cadeado e os rotários queixam-se de estarem impedidos de aceder a um espaço que já lhes tinha sido cedido pela Câmara de Vila Franca de Xira. No interior, dizem, ficou todo o seu espólio, que lamentam não conseguir reaver.
Aquele equipamento é municipal mas a gestão está delegada, desde 2013, na junta de freguesia. A trapalhada começou a 31 de Julho de 2013 quando o município aprovou por unanimidade a cedência de duas salas no Fórum da Chasa para os rotários se poderem reunir no local. O problema é que o protocolo de cedência de instalações nunca chegou à junta de freguesia e há dois anos, quando a câmara pediu à junta para arranjar um novo espaço na cidade para o grupo de música popular Flor do Trevo, esta colocou-o nas salas que eram dos rotários, por terem pouco ou nenhum uso. Desde então há um braço-de-ferro entre as duas entidades para ver quem fica com o espaço.
A cedência do espaço foi tema tratado com o anterior presidente dos rotários, Henrique Levezinho. A nova presidente, Filomena Rodrigues, também presidente da concelhia do CDS-PP de Vila Franca de Xira, já veio dizer que a situação causa transtorno e exige que a câmara resolva o problema.
“A partir de 18 de Outubro de 2017 deixámos de as poder ocupar porque foram ocupadas por outra associação. Mesmo com o nosso acervo lá dentro. Impedem a entrada ao clube com um cadeado. Isto nunca foi resolvido”, lamenta a dirigente, que critica o facto do presidente da junta estar “reticente” em devolver o espaço.
O vice-presidente do município, António Oliveira, diz que já solicitou esclarecimentos à junta de freguesia sobre o assunto.

“Não queremos
prejudicar ninguém”
O presidente da junta, Carlos Gonçalves, garante a O MIRANTE que a autarquia não quer prejudicar nenhuma associação, mas a falta do protocolo impediu-a de perceber que o espaço estava atribuído. “Uma das salas tem imensas infiltrações e problemas e por isso não pode ser usada sem receber obras. A outra estava sem uso e não tinha acervo nenhum no interior”, afiança o autarca.
Carlos Gonçalves explica que a associação Flor do Trevo desenvolve um actividade regular e praticamente permanente naquela sala, ao contrário dos rotários, e que o fecho a cadeado se deveu à necessidade de proteger os instrumentos e equipamentos que são guardados no seu interior.
“Não vamos retirar os Flor do Trevo para meter os rotários. Pode é ser analisada uma forma de encontrar uma vaga numa outra sala, em alguns dias e horários, que permita aos rotários reunirem”, explica. Em última instância, refere, terá de ser o município, proprietário do espaço, a ter a palavra final sobre quem ocupará o quê. E, no limite, equacionar se realiza obras na sala que está em más condições.
Outra hipótese dada pela junta de freguesia é permitir que os rotários se juntem na sala onde habitualmente se realizam as assembleias de freguesia, bastando para tal que estes a solicitem com alguns dias de antecedência.

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