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Tauromaquia sobreviveu sem apoio de dinheiros públicos
Em 2020 realizaram-se no país 48 espectáculos de tauromaquia. No ano anterior contabilizaram-se 207

Tauromaquia sobreviveu sem apoio de dinheiros públicos

Em balanço da última temporada tauromáquica a Federação Portuguesa de Tauromaquia fala de uma grande redução do número de espectáculos e de uma forte afluência de público nas corridas realizadas. Em termos económicos foi um ano negativo para o sector.

“A temporada taurina ficou marcada pelos impactos da Covid-19, com uma grande redução de espectáculos, mas por uma forte afluência de público e pela união do sector para se adaptar à pandemia”, referiu a Federação Portuguesa de Tauromaquia (ProToiro) em comunicado.
A ProToiro sublinha que o sector sobreviveu sem o apoio de dinheiros públicos e indica que se realizaram este ano em Portugal 48 espectáculos, quando em 2019 ocorreram 207. “Estes números vêm interromper a tendência de crescimento do sector nos últimos três anos, que obteve 469 mil espectadores em touradas no ano de 2019”, indica a federação.
A temporada tauromáquica em Portugal arranca anualmente a 1 de Fevereiro em Mourão (Évora) e termina a 1 de Novembro no Cartaxo. Este ano, devido às restrições provocadas pela pandemia, o espectáculo no Cartaxo foi cancelado.
Citado no comunicado, o presidente da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), Ricardo Levezinho, alerta que em termos económicos foi um ano negativo para o sector. “Estamos satisfeitos por conseguirmos realizar os espectáculos seguindo rigorosamente as normas definidas com a DGS e a Inspecção-Geral das Actividades Culturais, sendo que a aplicação de uma nova taxa de IVA de 23% a estes espectáculos é absurda e ilegal, pelo que estamos a trabalhar para que seja reposta nos 6%”, lê-se.
Já o presidente da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, João Santos Andrade, refere que, devido à diminuição do número de touradas, as ganadarias debatem-se agora com o excesso de produção, sendo obrigadas a enviar os seus animais para o matadouro sem serem lidados.
A ProToiro recorda que a retoma dos espectáculos se deu na segunda metade de Julho, em Estremoz, depois de uma “luta intensa e tenaz” de todo o sector por um “tratamento igualitário” e para a definição das regras de funcionamento dos espectáculos tauromáquicos, por parte do Ministério da Cultura e da Direcção-Geral de Saúde (DGS). Teve como momento decisivo a acção de protesto com toureiros e forcados acorrentados na porta do Campo Pequeno, em Lisboa, seguida de uma manifestação de profissionais de todo o sector.

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