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Os fundamentalistas anti-ambientais

É muito elucidativa a intervenção do presidente da AIP no suplemento de aniversário de O MIRANTE, publicado a 16 de Novembro, dedicado ao Ambiente. Ao denunciar “projectos suspensos por fundamentalismos ambientais despropositados” será que está a referir-se à ordem de encerramento da Fabrióleo confirmada por um tribunal de 2ª instância (ordem essa arrancada a ferros, diga-se de passagem)? Porventura achará excessiva a condenação (“repreensão”, pasme-se) de que foi alvo a Celulose que envenenou com espalhafato o Tejo a 8 de Janeiro de 2017.
Ao contrário do que afirma, em Portugal o fundamentalismo que impera não é o ambientalista, mas sim o fanatismo ecologícida, acolitado por um poder político (legislativo e executivo) profundamente hipócrita, que dá cobertura aos desmandos mais soezes contra o ambiente.
Voltemos ao caso da Fabrioleo, que recebeu fundos públicos de 1,5 M de euros para operar em Vendas Novas depois de ter sido condenada pelo crime de poluição! É, pois, um projecto totalmente despropositado financiado pelo próprio estado que devia proteger a saúde dos cidadãos e o ambiente.
É deplorável que os portugueses não possam contar com a AIP para mudar o paradigma de predação obsoleto e sem sustentação económica. Veja-se no que deu esta visão de curtos horizontes, negacionista: uma pandemia responsável por uma catástrofe económica de proporções bíblicas e consequências ainda imprevisíveis.
Acácio Gouveia

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