Alcanena acolheu primeira acção de florestação de escombreira do concelho
Quarenta sobreiros e carvalhos foram plantados na manhã de segunda-feira, 23 de Novembro, em Monsanto, onde antes eram depositados os restos de rocha sem interesse económico. Esta foi a forma de assinalar o Dia da Floresta Autóctone.
Para assinalar o Dia da Floresta Autóctone, 23 de Novembro, a empresa Rafaéis Mármores SA promoveu a recuperação de uma uma área degradada, com cerca de um hectare, junto da pedreira nº 5842, em Monsanto, concelho de Alcanena. No local, uma antiga escombreira onde se acumulavam fragmentos de rocha sem interesse económico, foram plantadas 40 árvores autóctones (sobreiros e carvalhos).
De acordo com os administradores da empresa, Samuel Delgado e Rogério Vigário, a acção de florestação insere-se no âmbito da estratégia ambiental e de sustentabilidade que a Rafaéis quer prosseguir e marca a primeira acção deste tipo no concelho de Alcanena, embora a empresa seja responsável por cerca de 30% dos 110 hectares recuperados no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC), mas noutros municípios como Santarém, Porto de Mós, Rio Maior ou Alcobaça.
Manuel Duarte, técnico superior do PNSAC, explica que, desde 2010, aquando da publicação da revisão do plano de ordenamento do parque, é obrigatatório que para ampliar uma pedreira já existente, ou para instalar uma nova, haja uma recuperação de uma área idêntica.
Para o presidente da Junta de Freguesia de Monsanto, Samuel Frazão, esta é uma óptima forma de marcar a data simbólica sem esquecer que a sustentabilidade do negócio da exploração de pedra tem que estar aliada à sustentabilidade ambiental. Hugo Santarém, em representação do município de Alcanena reforça esta teoria e fala de uma “iniciativa feliz”.
As primeiras árvores foram simbolicamente plantadas pelos responsáveis da empresa e pelos convidados, tendo a plantação continuado a cargo dos sapadores florestais coordenados por Alexandra Sousa, do Gabinete Técnico Florestal do Município de Alcanena.
A Rafaéis Mármores SA extrai da pedreira de Monsanto alpinina, uma pedra calcária de cor bege rosada, com elevada dureza, o que a torna ideal para pavimentos interiores sujeitos a muito tráfego, revestimento de cozinhas e casas de banho, assim como bancadas, lavatórios, banheiras e bases de duche. Perto de 95% da pedra extraída segue para exportação, maioritariamente para a Europa.
