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Ficou por acabar o sistema de mobilidade  de Fátima que custou 820 mil euros
Sistema de Mobilidade da Cova da Iria foi adjudicado em 2014

Ficou por acabar o sistema de mobilidade  de Fátima que custou 820 mil euros

O Sistema de Mobilidade da Cova da Iria, implementado pela Câmara de Ourém no mandato de Paulo Fonseca, não foi concluído. Projecto pretendia reorganizar o trânsito em Fátima e custou cerca de 820 mil euros ao município.


Com um investimento de cerca de 820 mil euros, o Sistema de Mobilidade da Cova da Iria, em Fátima, ficou por acabar. O projecto, implementado no mandato de Paulo Fonseca (PS) na Câmara de Ourém, pretendia reorganizar o tráfego, o estacionamento e a mobilidade na cidade. A sua conclusão estava prevista para 2017, altura do centenário das aparições de Fátima, mas a maior parte dos equipamentos nunca funcionou até hoje.
O actual presidente da autarquia, Luís Albuquerque (PSD), explica a O MIRANTE que o sistema foi bem idealizado mas muito mal-executado e não teve em conta factores indispensáveis para a sua conclusão e bom funcionamento. Uma das intervenções previa a implantação de uma sinalética digital e de dispositivos que permitiriam fazer a contabilidade das entradas e saídas de veículos dos parques de estacionamento.
É aqui que, conta Luís Albuquerque, reside um dos principais problemas. “O projecto inicial não envolveu o Santuário de Fátima e a requalificação dos seus parques de estacionamento, que continuam a ser de terra batida. Sendo de terra batida é impossível saber quantos lugares existem disponíveis dentro dos parques”, explica.
A maior parte dos equipamentos são informáticos e software, condição que, segundo o autarca, torna mais difícil encontrar uma solução para recuperar o investimento.

UMA OBRA QUE JÁ NASCEU ENGUIÇADA
A Câmara de Ourém adjudicou a implementação do Sistema de Mobilidade da Cova da Iria em 2014, mas o primeiro concurso público não obteve o visto do Tribunal de Contas (TdC), que considerou ilegal o modelo de avaliação das propostas que foi adoptado. O TdC considerou ainda ter sido violado o dever de boa fundamentação na respectiva aplicação e a correspondente susceptibilidade de alteração do resultado financeiro do procedimento.
Na ocasião, Paulo Fonseca justificou-se explicando os objectivos do sistema, garantindo um prazo de execução de 90 dias, uma vez que não seria necessária muita obra física porque a maior parte do equipamento era informático. A empreitada seguiu o seu caminho mas, como os factos agora comprovam, não conseguiu os resultados pretendidos.

Ficou por acabar o sistema de mobilidade  de Fátima que custou 820 mil euros

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