A empreitada de requalificação da Igreja de São João de Alporão, em Santarém, foi adjudicada pelo município à empresa In Situ, Conservação de Bens Culturais, Unipessoal, Lda., pelo valor total de 733.939 euros. Esta empresa não foi a escolha inicial da autarquia para executar as obras, mas acabou por vencer a contestação que apresentou em tribunal e cujo processo passou por várias instâncias. A In Situ alegou que um dos técnicos da outra empresa concorrente não tinha habilitações suficientes para realizar os trabalhos de restauro previstos e o tribunal acabou por lhe dar razão.
Este é um passo essencial para a preservação e reabertura daquele monumento nacional, encerrado desde 2012 por razões de segurança. O concurso arrastou-se durante quase ano e meio devido ao litígio nos tribunais.
A Igreja de São João de Alporão é um monumento nacional que vinha funcionando como espaço museológico e que está encerrado desde 2012 por razões de segurança devido ao desprendimento de pedras da sua estrutura.
A intervenção será dirigida para a estrutura, cobertura e drenagem do edifício, de forma a combater as infiltrações, mas não vai solucionar o problema das pedras, pois, aparentemente, não há solução para esse problema. A intervenção será feita em articulação com a Direcção Geral do Património Cultural, que deu parecer favorável ao projecto.
Um estudo solicitado em 2004 ao Departamento de Engenharia, Minas e Georrecursos do Instituto Superior Técnico revelou que a estrutura do monumento está a ser afectada por infiltrações a partir das fundações, pela constituição geológica da pedra usada na construção (bastante permeável e facilmente perecível perante a penetração de sais, que cristalizam) e pelos métodos construtivos e correctivos posteriores (como a utilização de argamassas, nomeadamente de cimento).