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Cidadania activa à moda de Abrantes
A última sessão da Assembleia Municipal de Abrantes atrasou 45 minutos porque o empresário Jorge Ferreira Dias entrou no auditório da Escola Dr. Solano de Abreu e ocupou o púlpito porque queria intervir. Devido à pandemia da Covid-19 as assembleias municipais, assim como as sessões camarárias, decorrem sem público. Se algum munícipe quiser colocar questões deve fazê-lo por escrito. Jorge Ferreira Dias entrou no auditório por uma porta lateral, não tendo sido detectado até já estar no púlpito, pronto para dizer das boas, já que os seus litígios com a Câmara de Abrantes – a quem acusa de lhe ter arruinado a vida - vêm de longe e são de há muito conhecidos. A situação obrigou a chamar a Polícia, que lá conseguiu convencer o empresário a sair da sala. Jorge Dias acabou por, excepcionalmente, ter oportunidade para dizer de sua justiça de viva voz, no final da assembleia, após cinco horas de espera. Quando a maioria dos autarcas se queixa da falta de interesse da população em participar na vida política, Jorge Ferreira Dias é um exemplo de cidadania activa, marcando presença em todas as assembleias municipais. E é tão participante e interessado que até acaba por se tornar indesejado. Mas está visto que nem pelo cansaço o vencem...
Cartoon da noticia | 04-01-2021


As diferenças entre socialismo e comunismo
Na última reunião pública do executivo de Vila Franca de Xira a vereadora da CDU, Regina Janeiro, apresentou uma proposta de âmbito natalício que arrancou alguns sorrisos da plateia. Foi proposto pela autarca que o município entregasse uns cabazes de Natal em jeito de lembrança a todos os trabalhadores do município, cabazes esses contendo bolos rei, bacalhau, azeite e outros comes e bebes que seriam certamente muito apreciados na noite da consoada. A autarca não fez distinção e queria que toda a gente recebesse por igual. No entanto, o presidente Alberto Mesquita (PS) lembrou que a câmara tem muitos trabalhadores e que não seria justo dar aos que menos recebem o mesmo que é dado a quem tem ordenados mais chorudos. Por isso, à semelhança do que tem sido feito em anos anteriores e num gesto mais cristão, digamos assim, a câmara vai mesmo dar cabazes de Natal com bens alimentares mas apenas a quem recebe o ordenado mínimo, para proteger quem está mais vulnerável e não tem as mesmas posses. Foi uma verdadeira lição ao vivo, à base de bacalhau e bolo-rei, sobre as diferenças entre socialismo e comunismo...
Cartoon da noticia | 04-01-2021
