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Escola Profissional de Rio Maior luta pela sobrevivência
Filipe Santana Dias reconhece que a Escola Profissional de Rio Maior vive tempos difíceis

Escola Profissional de Rio Maior luta pela sobrevivência

Município desistiu de alienar a sua posição maioritária na escola mas o presidente da câmara admite que só com alterações ao modelo de negócio é possível viabilizar o projecto.

A Câmara de Rio Maior desistiu de vender a sua quota maioritária na Escola Profissional de Rio Maior, mas o presidente do município, Filipe Santana Dias (PSD), continua com dúvidas quanto ao futuro desse estabelecimento de ensino. Para garantir a continuidade do projecto é necessário que a exploração da EPRM deixe de ser deficitária, pois, segundo a legislação, as empresas municipais são extintas caso registem prejuízos de exploração durante três anos seguidos. E isso pode acontecer já em 2022. Se a autarquia abdicasse da posição maioritária a escola deixaria de estar subordinada à legislação que rege as empresas municipais.
Para 2021 o orçamento da escola aponta para um prejuízo na ordem dos 126.857 euros, a cobrir proporcionalmente pelos accionistas. O município é sócio fundador e maioritário da EPRM, criada em 1992 em conjunto com a Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior e a Associação dos Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior. O capital social da escola, que tem o estatuto de empresa municipal, é de apenas seis mil euros, detendo a autarquia 80% do capital e as restantes entidades 10% cada.
Recorde-se que a Câmara de Rio Maior decidiu suspender o concurso público para alienação de 70% do capital social que detém na EPRM a poucos dias de acabar o prazo para apresentação de propostas, que expirava a 10 de Fevereiro de 2020. A decisão da autarquia deveu-se à mudança de posição da Associação Empresarial de Rio Maior, uma das accionistas, que entendeu continuar ligada ao projecto, o que alterou os pressupostos constantes no caderno de encargos do concurso.
Perante esse volte-face, Filipe Santana Dias diz agora que o município vai manter-se empenhado no projecto da EPRM mas defende que só com alterações do modelo de negócio é possível reverter o cenário de prejuízos na exploração. “Mas será muito difícil que, de um ano para o outro, se consiga tornar a escola rentável”, admite o autarca a O MIRANTE. A formação de activos de empresas e a internacionalização são possíveis fontes de receita a explorar.
A escola deu já alguns passos no sentido de um maior equilíbrio orçamental, tendo uma poupança prevista de 147 mil euros com recursos humanos em 2021, resultantes da saída de três professores do quadro para o ensino público e de um técnico. Actualmente, a EPRM conta com 17 colaboradores, 15 deles do quadro, entre directores, professores, técnicos, administrativos e outro pessoal. Os gastos anuais com pessoal em 2021 apontam para 391 mil euros.

Sete turmas e cinco cursos em funcionamento

Apesar da perda de alunos registada nos últimos anos a EPRM tem em funcionamento sete turmas, do 10º ao 12º ano, dos cursos de manutenção industrial/electromecânica, electrotecnia, auxiliar de saúde, turismo ambiental e rural e electrónica, automação e instrumentação. Três delas terminam o seu ciclo de formação no próximo Verão, devendo esse número ser reposto com a criação de três novas turmas.

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