As corporações de bombeiros do concelho de Vila Franca de Xira estão com a corda na garganta para poderem pagar salários e outras despesas causadas pelos impactos da pandemia e vão pedir uma segunda injecção de capital à câmara municipal.
Desde o início do confinamento que as principais fontes de receita dos bombeiros, como o transporte de doentes para consultas e fisioterapia, caíram a pique levando ao surgimento das dificuldades financeiras. Algumas estão já com sérias dificuldades de tesouraria para assegurar, por exemplo, o pagamento dos subsídios de Natal.
Na última semana foi agendada uma reunião de urgência entre o presidente do executivo, Alberto Mesquita, e os representantes das seis corporações de bombeiros do concelho. O objectivo é encontrar pontos de entendimento para que o autarca possa apresentar numa das próximas reuniões de câmara uma proposta de apoio extraordinário às corporações.
A O MIRANTE, Alberto Mesquita lembra que o município já disponibilizou meios financeiros importantes para ajudar os bombeiros do concelho mas reconhece que se encontra numa situação de socorro mútuo. “Eles precisam de meios para nos socorrer mas não os têm. A situação é diferente do que era habitual porque as corporações deixaram de ter as receitas que tinham antes da pandemia. A cada momento temos de avaliar as circunstâncias e apoiar mais do que já apoiámos”, explica.
Desconhece-se quanto dinheiro é que as corporações pediram ao município. Já em Abril deste ano o município acudiu à situação complicada das corporações com uma injecção de 391 mil euros.