O recheio da fábrica Prado Karton, próxima de Tomar, foi vendido a um sucateiro da zona do Porto por 850 mil euros. A informação foi dada a O MIRANTE pelo advogado da maioria dos antigos funcionários da empresa, Manuel Carlos. Depois de, em Março de 2020, não ter havido interessados em comprar a antiga fábrica do papel em leilão, em Julho a comissão de credores reuniu e concordou que a opção mais viável seria desmantelar a fábrica e vender separadamente. Falta vender a fábrica com escritórios, linhas de montagem, a capela, a cantina e terrenos da empresa.
Antes do desmantelamento, o advogado contou que houve uma empresa espanhola, sediada em Barcelona, que demonstrou interesse em adquirir a totalidade da Prado Karton mas acabou por desistir. Entretanto apareceu um empresário moldavo com um projecto para retomar a indústria de papel e também com reciclagem de pneus e borracha. No entanto, não conseguiu financiamento bancário que permitisse comprar a empresa.
Esta era a opção que os antigos funcionários não queriam mas muitos deles já previam que fosse por diante depois de no último leilão, em Março, não terem aparecido interessados em comprar a totalidade da fábrica. Manuel Carlos lamenta que a fábrica tenha “morrido” mas mantém a esperança que algum investidor queira adquirir os edifícios para construir um espaço ligado ao turismo. “O terreno vale bastante pela sua localização. Os acessos rodoviários não são os melhores mas a vista é deslumbrante e daria um belo investimento”, sublinha Manuel Carlos.
A fábrica de papel do Prado deixou de laborar a 30 de Junho de 2017 deixando mais de 70 trabalhadores desempregados. Nessa altura, iniciou-se o processo de insolvência da empresa que termina agora com o seu desmantelamento. A fábrica ocupa uma área de mais de 50 hectares junto ao rio Nabão, tendo uma área coberta de 25.465 metros quadrados.