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Mercado municipal e Ponte da Chamusca animam debate político na assembleia

A última Assembleia Municipal da Chamusca revelou-se mais animada do que o habitual depois de um eleito do PSD ter pedido contas ao executivo PS sobre o mercado municipal e os acessos na zona da ponte da Chamusca. Os temas geraram debate mas sem grandes resultados.


João Santos, eleito na Assembleia Municipal da Chamusca pelo PSD (Partido Social-Democrata), animou a última sessão desse órgão, que decorreu a 18 de Dezembro, com questões ao executivo sobre as obras no mercado municipal e os maus acessos rodoviários no concelho, sobretudo na zona da ponte da Chamusca. O tom mais enérgico com que colocou as perguntas incomodou Paulo Queimado (PS), presidente da câmara, e outros elementos da bancada socialista, que não costumam estar habituados a serem confrontados pela oposição.
João Santos, que começou a intervenção afirmando que o município tem trabalhado mal na gestão da pandemia, quis saber as razões para que a hasta pública para ocupar as 15 lojas do Mercado Municipal da Chamusca, que se realizou a 4 de Novembro, tivesse apenas um interessado. “O executivo falhou numa primeira fase quando demorou mais de quatro anos a concluir as obras de requalificação e está a falhar novamente porque não tem estratégias que garantam o investimento e o interesse dos empresários no espaço”, disse.
Sobre o mesmo assunto, a bancada da CDU corroborou a intervenção de João Santos pedindo ainda à assembleia a apresentação do valor que já foi gasto no mercado municipal. Foi evidente o desconforto de Paulo Queimado na altura de responder às questões; o autarca começou por reagir com provocações ao eleito do PSD afirmando que este tem andando “distraído”; sobre o tema não adiantou mais do que tem vindo a trazer a público, acrescentando apenas que vai ser realizada uma nova hasta pública em Janeiro de 2021.

PONTE DA CHAMUSCA É UM ASSUNTO ANTIGO MAS ACTUAL
Os acessos rodoviários no concelho da Chamusca, nomeadamente a zona da ponte, que faz a ligação ao concelho da Golegã, foi outro dos assuntos abordados na assembleia. João Santos criticou a “opacidade” do executivo que insiste em reunir com membros do Governo em reuniões que, diz, não servem mais do que para cumprir calendário e mostrar que estão a trabalhar. “O executivo está disposto a tomar, de uma vez por todas, medidas duras como protestos ou marchas lentas para resolver o assunto? Se fosse noutro concelho do país os autarcas e as pessoas já se tinham revoltado”, sublinhou.
O presidente da câmara não se alongou muito sobre o assunto, concordando, no entanto, que são necessárias melhores acessibilidades “não só para o desenvolvimento do concelho da Chamusca, mas também para o progresso da região ribatejana”.

À margem

Oposição na Chamusca perdeu a “vergonha”

Há muito tempo que a Assembleia Municipal da Chamusca não tinha tantos motivos de interesse. As indignações de João Santos, que são com certeza as mesmas de todos os eleitos, serviram para colocar em sentido o executivo de Paulo Queimado, mas não só; o presidente da assembleia municipal, Joaquim José Garrido, também saiu na rifa e levou um puxão de orelhas do eleito social-democrata.
Tudo por causa de ter sido aprovado, há um ano e por unanimidade, que as assembleias municipais deveriam ter transmissões em directo e online para que os munícipes pudessem assistir em suas casas ao debate, à semelhança do que acontece na maioria dos concelhos da região. A medida nunca foi implementada e João Santos pediu explicações: “Que credibilidade tem esta assembleia se as decisões dos seus eleitos não têm seguimento? Sinto vergonha por não estarmos a respeitar as pessoas que nos elegeram”, rematou.

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